Plenária reúne lideranças político-sindicais para debater piso regional


Embora o piso salarial da categoria metalúrgica de Sapiranga, Nova Hartz e Araricá seja maior, milhares de trabalhadores e trabalhadores dos arredores dos vales do Sinos e Paranhana dependem do piso regional para sustentar suas famílias.

O encontro foi integralmente transmitido pela Rádio Ferrabraz FM e teve a presença de aproximadamente 100 pessoas, a maioria lideranças político-sindicais da região.

Entre os painelistas estavam o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adão Vilaverde, o prefeito de Sapiranga, Nelson Spolaor, o assessor especial do Governo Estadual, Milton Viário, o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-RS), Claudir Nespolo, e o diretor do Sindicato dos Bancários de Novo Hamburgo e coordenador da CUT-Vale do Sinos, Joey de Farias, entre outras autoridades.

No início da plenária, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Mauri Schorn, deixou clara a posição do sindicato quanto ao projeto do Poder Executivo (Governo Tarso) referente ao piso regional: “Embora o movimento sindical tenha achado positiva a proposta de 11,6% por repor as últimas perdas inflacionárias, garantir um aumento real e sinalizar o início de uma política de recuperação do valor original (1,28 salários mínimos), entendemos que é possível o governo chegar aos 12,59% proposto pela CUT, pois este índice garante na proporção necessária a recuperação integral do valor de compra do piso regional no final dos quatro anos de mandato”.

O cálculo de reajuste apresentado pela CUT e outras centrais leva em consideração a média do crescimento do PIB do país e do Estado dos dois últimos anos, acrescido do INPC acumulado dos últimos 10 meses, mais o acúmulo da defasagem do piso regional.

O presidente da CNM/CUT reforçou a tese de que é preciso adotar para o piso regional uma política de recuperação semelhante à que os governos de Lula e Dilma estão fazendo com o salário mínimo nacional. “A valorização do salário mínimo nacional, entre outras políticas governamentais, garantiram a geração de empregos e a estabilidade da economia brasileira nos últimos anos”, falou Claudir Nespolo.

Embora não tenham falado pelos poderes Executivo e Legislativo, o deputado Adão Vilaverde e o assessor especial de Tarso Genro mostraram-se favoráveis à proposta e vão fazer o possível para que ela seja considerada pelo governo e sua base de sustentação na Assembleia Legislativa.

No final do encontro, Mauri Schorn avaliou a plenária como extremamente positiva. “Colocamos para os representantes do governo nossa opinião e nossa pressão. Acredito que o nosso sindicato contribuiu para o debate e vai continuar com o seu papel de lutar por salários dignos para todo o povo gaúcho”.


Fonte: Geraldo Muzykant - Jornalista e assessor sindical