Trabalhadores da CUT participam do 18º Grito dos Excluídos em Porto Alegre


Os trabalhadores da CUR participaram da 18ª Marcha de “O Grito dos Excluídos”, em Porto Alegre, após o desfile cívico-militar do dia 7 de setembro. Criada para aprofundar a Campanha da Fraternidade em 1995, o movimento é realizado até hoje anualmente. A temática desta edição foi o desejo de “Vida em primeiro lugar” e “Queremos um Estado a serviço da Nação que garanta os direitos a toda população!”. O Grito dos Excluídos, como indica a própria expressão, constitui-se numa mobilização com três sentidos:
- Denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e condena milhões de pessoas à exclusão social;
- Tornar público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome;
- Propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos os cidadãos.

O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, afirmou que a Marcha deste ano abordou a temática referente ao problema do Estado. “O Estado brasileiro, no seu contexto atual, não atende plenamente todas as camadas da sociedade. Então essa 18ª edição do Grito questionou qual é o Estado que precisamos, qual Estado é necessário para efetivamente aprofundar a distribuição de renda?”

Nespolo acrescentou ainda: “A CUT-RS irá entregar ao governador do Estado, Tarso Genro, um documento que faz referência ao investimento que o Estado deveria disponibilizar para a saúde, que são os 12% do orçamento. Os participantes da Marcha buscam um Estado protetor, que avance e aprofunde as mudanças relacionadas à distribuição de renda e ao reforço nos serviços públicos.”

O Grito se define como um conjunto de manifestações que tenta chamar a atenção da sociedade para as condições de crescente exclusão social na sociedade brasileira. Não é um movimento nem uma campanha, mas um espaço de participação livre e popular, em que os próprios excluídos, junto com os movimentos e entidades que os defendem, trazem à luz o protesto oculto nos esconderijos da sociedade e, ao mesmo tempo, o anseio por mudanças.

Em Porto Alegre, a Marcha saiu da Praça da Igreja Pão dos Pobres e seguiu até o Monumento ao Expedicionário, onde os manifestantes fizeram um círculo e cantaram canções que se referiam à busca por uma sociedade mais justa e igualitária. O Grito dos Excluídos realizado no Rio Grande do Sul foi organizado pela Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT-RS), Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), diversas entidades de jovens, mulheres, pastorais, camponeses e trabalhadores urbanos, voluntários da solidariedade, associações de moradores e desempregados, que buscavam, em primeiro lugar, a inclusão social.


Fonte: CUT