Macrossetor Indústria da CUT reúne-se com ministro do Desenvolvimento


Os presidentes de cinco confederações de trabalhadores da indústria (CNM, CNQ, Contac, CNTV e Conticom) filiadas à CUT reuniram-se nesta quinta-feira (13) com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, para entregar documento pedindo contrapartidas para os trabalhadores nas ações de incentivo ao setor.

Os sindicalistas alertaram ao ministro que os benefícios como a desoneração da folha de pagamento e do Imposto sobre a Produção Industrial (IPI) não foram repassados aos trabalhadores na forma de estabilidade e melhores salários e isso precisa mudar.

“Teve desoneração, foi importante. A desoneração da folha de pagamento causou a perda de 1% na arrecadação previdenciária, mas ajudou a garantir empregos. No entanto, a rotatividade ainda é grande e os salários, pouco expressivos”, disse Paulo Cayres, presidente da CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos).

Para as lideranças CUTistas, uma das soluções possíveis para dar segurança e garantir melhores condições para os trabalhadores é que a liberação de financiamentos para empresas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fique condicionada às contrapartidas em favor dos empregados.

Na reunião, os representantes dos trabalhadores entregaram uma pauta com propostas ao Ministro e ficou acordado que será montado um grupo de discussão sobre as questões na comissão de relações do trabalho do Plano Brasil Maior, iniciativa do governo para estimular a indústria. Foi também agendada uma nova reunião no ministério daqui dois meses.

Abertura ao Diálogo
A presidenta da CNQ/CUT (Confederação Nacional do Ramo Químico), Lucineide Varjão, considerou a atividade bastante positiva e creditou esse primeiro resultado à união dos cinco ramos da indústria da CUT no macrossetor. “O ministro mostrou-se aberto ao diálogo e até nos disse que toda semana recebe empresários, mas foi a primeira vez que representantes dos trabalhadores vêm ao Ministério para discutir a indústria. O fato de acordarmos uma agenda permanente com o ministro demonstra que a iniciativa do macrossetor fortalece a pauta dos trabalhadores ”, disse.

Além de Paulo Cayres e Lucineide Varjão, participaram os presidentes Siderlei de Oliveira (Contac), Cláudio Gomes (Conticom) e Cida Trajano (CNTV). Juntas as confederações representam 3,2 milhões de trabalhadores de aproximadamente 10 milhões no setor da indústria.

Fonte: CNQ/CUT com informações da Agência Brasil