Metalúrgicos de São Leopoldo e região aprovam pauta da campanha salarial 2017/2018


Em assembleia realizada na noite de quinta-feira, 22, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Leopoldo e Região (STIMMMESL), a categoria aprovou a pauta para a campanha salarial 2017/2018. O reajuste reivindicado será o percentual do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) dos últimos 12 meses, que será divulgado na primeira quinzena de julho, acrescido das perdas que os trabalhadores tiveram no ano passado, devido ao parcelamento do reajuste.

O presidente do Sindicato, Valmir Lodi, coordenou a assembleia e afirmou que os trabalhadores precisarão estar ainda mais unidos e mobilizados, devido as reformas da Previdência e Trabalhista, propostas pelo presidente ilegítimo Michel Temer (PMDB) que estão em tramitação no Congresso Nacional, e retiram direitos históricos dos trabalhadores.

“É importante termos consciência de que esse ano será atípico devido ao cenário que o país enfrenta”, declarou Lodi. A pauta será entregue para o sindicato patronal na próxima semana e, segundo o presidente no início do mês, a direção já estará realizando assembleias nas portas das fábricas.

Os metalúrgicos reivindicam 20 dias de licença paternidade para as empresas inscritas no programa “Empresa Cidadã”. “Além disso, queremos a exclusão da cláusula referente à troca de feriado, pois algumas fábricas são sacanas e prejudicam os trabalhadores”, contou Lodi.

Há ainda, a reivindicação de alterar a data base da categoria de 1º de julho para 1º de setembro. As demais cláusulas sociais foram mantidas.

Sustentação do sindicato e luta para além da campanha salarial
Um dos pontos destacado por ele, foi a sustentação das entidades sindicais. “Com todos os ataques que a classe trabalhadora e os sindicatos estão sofrendo, precisamos esclarecer a nossa categoria. Faremos muitas assembleias em portas de fábricas para conscientizar a nossa base da necessidade de um sindicato forte e com condições de fazer a luta.”

Diante disso, Lodi salientou que este ano, a campanha salarial será uma batalha para além do reajuste. “Precisamos garantir os nossos direitos mínimos frente ao retrocesso que está nos ameaçando, para isso, no próximo dia 30 vamos nos somar à greve geral”, garante ele.
O assessor jurídico do STIMMMESL, Paulo Lauxen, acompanhou a assembleia, relatou como foi o índice de reajuste de outras bases de metalurgia no Estado. “Porto Alegre, Canoas e Novo Hamburgo fecharam suas campanhas com 4%.”

“A tendência é que a negociação com a patronal seja rápida, devido ao cenário de recessão”, acredita o advogado.



Fonte: STIMMMESL