Metalúrgicos da CUT dão início ao seu 10º Congresso


"Lula livre!" Estas foram as palavras de ordem na solenidade de abertura do 10º Congresso dos Metalúrgicos da CUT, que teve início na noite desta terça-feira (21), em Guarulhos (SP).

“Lula livre é ter soberania nacional, Lula livre é combater o assassinato das mulheres, Lula livre é combater o racismo, Lula livre é justiça social”, afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, Paulo Cayres.

Na mesa de abertura, Cayres lembrou que foi a primeira vez que o ex-presidente Lula não participa do Congresso da CNM/CUT. “Fazer este evento sem o companheiro Lula é vazio e doloroso. Mas este sentimento de vazio deve ser preenchido por nossa luta e garra no chão da fábrica, dialogando com o trabalhador e a trabalhadora sobre os ataques que este governo faz contra a categoria”, disse emocionado.

“Ao final deste Congresso não vamos sair com um caderno de tese, vamos colocar poucos pontos que apontem para uma luta efetiva em defesa de Lula e contra retrocessos de direitos sociais e trabalhistas”, concluiu o presidente da CNM/CUT.

O secretário geral da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, mediou a mesa e reafirmou a solidariedade dos metalúrgicos cutistas de todo país ao ex-presidente e presidente de honra da Confederação. “Lula não está presente pessoalmente, mas está na nossa vida, na nossa história, nas nossas ideias e nos nossos sonhos de uma vida socialmente mais justa.”

Já a vice-presidente da entidade, Cátia Cheve, falou sobre os avanços nos direitos para a classe trabalhadora no Amazonas no início dos anos 2000. “No governo Lula, os metalúrgicos na Zona Franca de Manaus chegaram a 120 mil e com emprego de qualidade. Agora somos 80 mil e a maior parte terceirizada”, relatou.

Representando a CUT Nacional, a secretária geral adjunta Maria Faria, informou que o 13º Congresso da CUT, que acontece no segundo semestre, também terá como tema Lula Livre. “Uma das nossas maiores responsabilidades é libertar Lula. O ataque à classe trabalhadora é global. Temos que reconhecer que o momento atual não é pior porque resistimos. O congresso da CNM e da CUT simboliza nossa resistência em defesa da democracia”, concluiu.

Abertura

Estiveram presentes na mesa de abertura a presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo do Vestuário (CNTRV), Cida Trajano, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom), Claudio da Silva Gomes, secretário geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico, Itamar Sanches, representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços, Eliezer Gomes.

Os parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) Ana Nice Martins, vereadora de São Bernardo do Campo (SP) e Teonilio Barba, deputado estadual de São Paulo.

Também participaram representantes do Levante Popular da Juventude, do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e Confederação Nacional dos Metalúrgicos ligada à Força Sindical.

Congresso

Instância máxima de deliberação da entidade, o Congresso também vai definir um plano de lutas que norteará as políticas e bandeiras do ramo metalúrgico cutista para os próximos quatro anos e também eleger a nova direção da CNM/CUT.

Até sexta-feira (24), os participantes debaterão a conjuntura político-econômica do país, os desafios das organizações sindicais, propostas para reconstrução do movimento sindical, a situação da indústria metalúrgica e dos trabalhadores de todos os segmentos do ramo.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT