Trabalhadores gaúchos vão tomar as ruas contra destruição do Brasil no dia 24


Os trabalhadores e as trabalhadoras voltarão às ruas para realizar um ato em defesa dos direitos e do meio ambiente e contra a destruição do Brasil que vem sendo promovida pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) que, em oito meses não apresentou uma única proposta de desenvolvimento com justiça social e geração de emprego e renda, muito menos de combate efetivo as queimadas na Região Amazônica.

Enquanto em outras estados do país as manifestações estão marcadas para 20 de setembro, dia de mobilização internacional "Greve Global pelo Clima", organizado pela Coalização pelo Clima, um movimento formado por diversos coletivos que debatem e promovem ações de informações e combate às mudanças climáticas, no Rio Grande do Sul os atos serão realizados pela CUT-RS e centrais sindicais no dia 24, data prevista para votação em primeiro turno da reforma da Previdência no Senado. Isto porque aqui o dia 20 é feriado estadual da Revolução Farroupilha.

Trata-se do Dia Nacional de Paralisações e Manifestações em Defesa do Meio Ambiente, Direitos, Educação, Empregos e contra a Reforma da Previdência,

“Aqui o dia 20 será dia 24. Vamos levar para as ruas a nossa indignação contra o governo Bolsonaro, que está destruindo o Brasil, queimando florestas na Amazônia, desmontando a Previdência Social e atacando a soberania nacional. Não aceitamos o fim dos direitos trabalhistas e das políticas sociais. Não abrimos mão do petróleo e das empresas estatais, enquanto a pobreza e o desemprego só crescem. Se tu estás indignado como eu com tudo que está acontecendo, venha lutar conosco para acabar com esse ciclo de maldades contra o povo brasileiro", afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.

Até agora, Bolsonaro e seu ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, só apresentaram medidas que beneficiam empresários, em especial do agronegócio que ajudaram a eleger o capitão, ou que representam o extermínio de programas sociais fundamentais como o Minha Casa, Minha Vida, a redução do funcionalismo público, a desregulamentação do trabalho e auto fiscalização pelas empresas, privatizações de estatais como refinarias da Petrobras, Correios, Serpro, Dataprev e outras empresas públicas e regras mais rígidas para aposentadoria.

Além da defesa da Amazônia, a pauta da CUT, demais centrais sindicais e das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo terá lutas por direitos, educação, empregos, soberania e contra a reforma da Previdência, que está tramitando no Senado e o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), quer acelerar a aprovação das mudanças de regras da aposentadoria e outros benefícios previdenciários que retiram direitos dos trabalhadores.

“Os que queimam e derrubam a Amazônia são os mesmos que querem acabar com nosso direito à Previdência Social, querem destruir os direitos trabalhistas e sociais e privatizar as empresas públicas, destruindo também a soberania do nosso povo e do nosso país”, afirmou o secretário-geral da CUT, Sergio Nobre, explicando a importância da mobilização para defender o clima, os direitos, as estatais e a soberania.

Na próxima segunda-feira (9) haverá reunião das centrais sindicais no RS para definir a programação do dia 24 em Porto Alegre. Também ocorrerão protestos no interior gaúcho.

 

Fonte: CUT-RS com CUT Brasil