Seremos resistência


O Brasil elegeu Jair Bolsonaro o 38º presidente da história do país. Foram 57,7 milhões de brasileiros (as) que votaram a favor de retrocessos para o país. Ao longo da sua trajetória na política, Bolsonaro votou contra a classe trabalhadora ao apoiar a Reforma Trabalhista, terceirização nas atividades fim e privatizações. Sem contar suas declarações preconceituosas contra mulheres, negros e LGBTs.

Em contraponto, 47,7 milhões de brasileiros votaram no professor Fernando Haddad, que tinha um projeto a favor das minorias, com crescimento e desenvolvimento econômico. Haddad foi um defensor exemplar pela democracia brasileira durante essas eleições e, portanto, se consolidou como uma grande liderança progressista e um dos principais representantes da política nacional do Partido dos Trabalhadores.

Haddad não saiu derrotado, mas fortalecido e obstinado a defender ainda mais os brasileiros de norte a sul do país. Um homem que percorreu centenas de cidades com a vontade de realizar os sonhos de “Marias” e “Josés” que possuem diferentes realidades. Meticulosamente projetou planos que atenderiam toda uma população esquecida nos governos que atendem somente aos mais ricos.

E ao contrário do processo eleitoral de 2014, nós, trabalhadores e trabalhadoras, respeitamos o resultado das eleições. Mas não desistiremos, seremos mais que oposição, seremos a resistência de um país, onde todos e todas sejam livres e com dignidade social. Continuaremos a lutar por nossos direitos e por nossa existência.

Nós, metalúrgicos e metalúrgicas, da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), reafirmamos nossa defesa à democracia do Brasil e dos direitos trabalhistas e sociais.

A luta continua!


Paulo Cayres é presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT)

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