Para Cristiane Nadaletti do MAB, “São inúmeros os efeitos sofridos pelas mulheres, e as incoerências que este modelo trás, agravam ainda mais as contradições históricas nas relações de gênero. Porém, nosso objetivo é denunciar esta situação de violação dos Direitos Humanos, colocar a discussão em pauta, e valorizar as lutas históricas protagonizadas por mulheres e homens, como sujeitos políticos no processo de transformação social, onde a vida e novas relações sociais sejam a base fundamental de um novo projeto de sociedade”. Afirma Nadaletti.
Marilene Schalavin do MMC, explica que hoje o meio rural, é obrigado a conviver com esse grave problema que é a utilização dos agrotóxicos. “Cada vez mais a concentração de substâncias altamente prejudiciais à saúde, a utilização dos agrotóxicos viraram hábitos para muitas famílias, sendo ainda avaliados como inofensivos pelos agricultores/as. No entanto, as famílias que querem ou pretendem produzir com menor impacto ambiental, ou seja, produzir alimentos limpos ou ecológicos acabam não conseguindo devido às propriedades serem pequenas e acabam sendo engolidas pelos agrotóxicos utilizados pelos seus vizinhos.Dados nos mostram que cada vez mais estão surgindo doenças causadas pelo uso dos venenos.” Conclui Schalavin.
Ainda, se acrescenta por parte da coordenação da atividade que “Nós mulheres dos movimentos sociais do campo e da cidade estamos mobilizadas neste dia, para celebrar mais uma vez o nosso dia internacional das mulheres, participando de mais uma jornada de lutas, por isso defendemos um projeto de agricultura camponesa integrando a natureza com a sabedoria das mulheres articulado a um projeto popular para o Brasil”. afirma Débora Varoli do MPA.
A tarde ocorrerá ato de rua no centro de Passo Fundo, tendo como local final o Mistério Publico Federal, com distribuição de panfletos de denúncias e proposições das mulheres sobre a questão ora em debate.
Ainda, neste dia, cerca de 800 mulheres da Via Campesina e Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), ocupam pátio empresa Braskem em Triunfo, denunciando a produção de plástico verde, ou seja, plástico produzido a base de cana-de-açúcar.
Fonte: Assessoria de imprensa Via Campesina