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09.03.12   |   Geral 2012

Brasil é o mais bem preparado para lidar com excesso de produção de veículos

Dentre os países que formam os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil é o mais bem preparado para enfrentar problemas com excedente de produção de veículos. De acordo com o estudo Global Automotive Executive Survey 2012, realizado pela KPMG International, a gestão eficaz da produção passará a ser também exigida nos países emergentes. Com a exigência, o estudo aponta que o Brasil já está preparado para gerir melhor a produção automotiva.

Segundo o levantamento, o excesso na produção não é mais um problema enfrentado apenas pelas montadoras de mercados automotivos maduros e agora começará a ser vivido pelos países dos Brics. O estudo revela que, analisando a produção global, a expectativa é de que as evoluções mais positivas em relação à gestão da produção tenham origem no Brasil. Dados mostram que, além de o Brasil possuir capacidade para o aumento da produção para mais de um milhão de veículos até 2016, o nível de aproveitamento dessa produção é projetado para ser superior a 90%.

“As montadoras brasileiras estão acostumadas a lidar com os fortes altos e baixos da economia, enquanto as montadoras da China ou Índia conhecem somente os altos da economia”, explica o sócio-líder de Industrial Markets da KPMG no Brasil, Charles Krieck. Conforme o executivo, o exemplo do Brasil deve ser seguido por outros mercados emergentes, que precisam aprender a gerir melhor a produção. “A experiência adquirida no Brasil ao longo das últimas décadas poderia ser muito valiosa para as montadoras em outros mercados emergentes que ainda não tenham enfrentado fortes desastres econômicos”, acrescenta.

Caos chinês

De acordo com o estudo da KPMG, nos próximos anos, os países emergentes devem trazer para o setor automobilístico muitas montadoras. Indústrias devem surgir, estimuladas pelo rápido crescimento dos mercados internos e por planos de incentivos oferecidos pelos governos locais.

A análise mostra que a China já apresenta o maior excesso de produção entre os países dos Brics. Até 2016, a KPMG estima que as montadoras chinesas atingirão uma produção ainda maior do que a atual, porém, é provável que a produção não seja totalmente consumida, por falta de demanda.O estudo mostra que, em relação à produção, com base nas previsões da LMC Automotive, nos próximos cinco anos, cerca de 30% da capacidade de produção chinesa provavelmente não será aproveitada. “É necessário ter certo nível de excesso de produção, pois a instabilidade da maioria dos mercados automobilísticos exige das montadoras a máxima flexibilidade no intuito de aproveitar aumentos imprevistos na demanda. Apesar disso, quase um terço da produção não aproveitado representa um volume muito alto”, explica o diretor global da Prática Automotiva da KPMG, Mathieu Meyer.

O diretor global ainda afirma que as montadoras chinesas devem considerar os riscos do excesso inevitável de produção e tentar evitar gargalos na produção, com a intenção de defender suas posições competitivas e de mercado neste segmento. “Considerando que a demanda de veículos na China sofreu recentemente uma redução, a gestão eficaz da produção se fará necessária mais cedo do que o esperado para as montadoras em mercados emergentes, caso queiram manter seus custos fixos reduzidos, além de margens de lucro saudáveis”, alerta.

Para assegurar que o aumento da produção se torne lucro e crescimento, e não apenas despesas, as montadoras chinesas deverão intensificar as exportações. “Até 2014, no máximo, mais de um milhão de carros produzidos em solo chinês deverão encontrar seu lugar no mercado mundial – e este número aumentará rapidamente”, afirma Meyer.Com a intensificação das exportações chinesas, países como Alemanha e Japão devem sofrer implicações. O estudo mostra que estas nações venderam com sucesso, fora de seus mercados internos, uma quantia significativa de sua produção interna de veículos. Entretanto, o alto nível de capitalização dos países exportadores não pode ser mantido, em razão da crescente capacidade de produção dos mercados emergentes.


Fonte: Infomoney

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