O dirigente sindical Paulo Rogério Lourenço, de Novo Hamburgo, foi suspenso das suas atividades na XCEL Equipamento no dia 12 de março. A empresa alegou que o trabalhador estava prejudicando a produção – por não parar no local de trabalho, atrasar a linha de produção e colocar em risco o faturamento da empresa – e ainda tentando sabotar a firma, já que não estaria usando os calçados adequados no momento de uma inspeção.

O comunicado, na íntegra, diz que: "Com fulcro no art. 853 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), viemos NOTIFICAR Vossa Senhoria, que a contar desta data, ficará suspenso do exercício de suas funções, como medida antecipatória à Instauração de Inquérito Judicial trabalhista, passando a matéria e estar Sub-Júdice".

A perseguição da empresa, que estaria em busca da caracterização de uma demissão por justa causa, está sendo confrontada pelo departamento jurídico do STIMMME de Novo Hamburgo, que entrou com uma medida cautelar na Justiça imediatamente após o ocorrido. Um dos fatos que contradiz as alegações da empresa foi que Paulo não havia recebido as botinas adequadas para uso no chão de fábrica antes da inspeção, enquanto todos os outros funcionários já estavam com seus calçados. A firma só entregou as botas ao trabalhador depois da referida data.