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04.12.12   |   FTMRS 2012

Regional da Federação promove debate sobre conjuntura e campanhas salariais

Geraldo Muzykant

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Cerca de 70 dirigentes sindicais metalúrgicos estiveram reunidos na Plenária Regional da Grande Porto Alegre, realizada na sexta-feira, dia 30 de novembro, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Sapiranga, Araricá e Nova Hartz, pela Federação dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul (FTMRS). O objetivo do encontro dos sindicalistas de Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Sapiranga foi fazer uma avaliação de conjuntura, apontar os desafios para 2013 e iniciar o planejamento das ações para o próximo ano, especificamente no que se refere às campanhas salariais.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sapitanga, diretor e coordenador regional da FTMRS para a Grande Porto Alegre, Mauri Schorn, formou a mesa com o presidente da CUT/RS, Claudir Nespolo, a assessora jurídica da FTMRS, Drª Lídia Woida, e representante da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), Loricardo de Oliveira, o presidente da FTMRS Jairo Carneiro, e a economista do Dieese Luana Bete. Num primeiro momento, eles abordaram questões da conjuntura política e econômica do Brasil, do Estado e da região.

Claudir Nespolo falou do neoliberalismo que atinge os trabalhadores da Espanha, país visitado por ele há poucos dias. "Lá estão debatendo a privatização da saúde pública, o aumento da idade para aposentadoria e impondo uma lei que, entre outras coisas, vai criminalizar e impedir os movimentos sociais de se manifestarem", informou. O presidente da CUT/RS também falou do poder econômico que vem sustentando as campanhas eleitorais, dificultando a eleição das candidaturas que representam a classe trabalhadora e comprometendo, com seu projeto, aqueles que conseguem se eleger.

Loricardo polemizou ao afirmar que muitos sindicatos ficam presos às questões internas, menos importantes, e não fazem uma profunda avaliação da conjuntura política e econômica para usar a seu favor. Esse é um dos motivos apontados por ele pelo qual os sindicatos fazem o "feijão com arroz", fechando acordos sem muitos avanços. Para ele, os dirigentes têm de se apropriar das facilidades das mídias e das novas tecnologias para se comunicar melhor com a classe trabalhadora. "Não basta o panfleto. Temos que usar o rádio, a TV, as redes sociais e todas as outras plataformas de comunicação para contrapor a imprensa tradicional", disse. Na ocasião, anunciou que a CNM/CUT vai promover no início do próximo ano um debate nacional sobre Comunicação Sindical. Loricardo também falou da importância de perseguir a democracia no local de trabalho, o contrato coletivo nacional, a defesa do metalúrgico Lula e debater as estratégias dos metalúrgicos nas eleições sindicais de bases não organizadas ou que estão na mão de sindicatos pelegos.

A economista do Dieese falou dos três atores principais na economia mundial: os Estados Unidos, a Zona do Euro e a China, principais destinos dos produtos brasileiros. Para ela, o ramo metalúrgico do RS está com a produção menor atualmente, mas em crescimento. "O governo adotou uma série de medidas que estão beneficiando a indústria, o que ajuda a manter o PIB num índice importante. O emprego vai crescer de acordo com o crescimento do PIB", disse. Por fim, falou dos ganhos salariais (aumentos reais) que oscilaram de 2% a 4% e da perspectiva da inflação para as próximas campanhas salariais, algo em torno dos 5,2% a 5,9%.

A advogada da FTMRS, Lídia Woida, falou das novas súmulas que estão orientando as relações de trabalho relacionadas à estabilidade da gestante, ao aviso prévio, ao intervalo para refeição, às horas de sobreaviso, e à ultratividade das normas, entre outras. Também orientou os dirigentes sindicais sobre as regras do controle de ponto eletrônico.

Para o presidente da FTMRS, Jairo Carneiro, não é coerente aceitar que o governo financie empresas sem impor contrapartidas sociais, como a geração de empregos. “Temos que mudar a cultura de valorizar apenas a conquista salarial acima da inflação. Afinal, qual é a nossa estratégia de mobilizações para as campanhas salariais?”, questionou. O debate dividiu opiniões. Entre as sugestões de mobilização está antecipar o início das campanhas, avançar nas cláusulas sociais, ampliar as mobilizações nas fábricas e criar uma comissão para organizar as lutas nas regiões e no Estado.
O anfitrião Mauri Schorn concluiu lembrando que, nas pautas locais, é importante incluir propostas constantes na pauta nacional dos metalúrgicos e relacionadas ao Contrato Coletivo Nacional de Trabalho.

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