A edição 2014 do Curso de Formação de Dirigentes Sindicais da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTMRS) terminou na sexta-feira (12), com uma grande confraternização e a formatura dos alunos da turma Nelson Mandela.

Ao longo dos últimos seis anos, mais de 150 dirigentes metalúrgicos participaram do programa, que tem duração de dois anos, sendo que cada ano possui seis módulos em regime de imersão. O curso já é referência no país e, está proporcionando aos dirigentes um maior preparo para dialogar com a base a partir da ampliação do olhar sobre assuntos em âmbitos regional e nacional.

Este ano, a Turma VI – Nelson Mandela participou de um intercâmbio com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e com a CNM/CUT, onde o principal objetivo foi o de conhecer de perto as experiências de organização dos trabalhadores no chão da fábrica.

Em 2015, a Turma VII - Chico Mendes dará andamento ao curso e outra turma começará a formação. De acordo com o secretário de Formação e Política Sindical, Paulo Chitolina, há um projeto de ampliar o curso para outras categorias CUTistas e assim promover uma maior troca de experiências.

O presidente da FTMRS, Jairo Carneiro, ressaltou a importância da iniciativa, já que esta é uma oportunidade de fazer uma análise profunda da política, economia e das relações estabelecidas em um mundo capitalista. “O fundamental da Formação é desnudar as coisas. A nossa tarefa é remover a realidade aparente e provocar novos entendimentos”.
Márcio Bonotto, metalúrgico da Siemes, confirma a fala do presidente da FTMRS. Para ele a experiência foi de grande proveito para a vida pessoal e nas atividades dentro da empresa. “O conhecimento obtido no curso deve ser trabalhado dentro da fábrica e nos sindicatos. O curso é para dar ideias e a partir daí a gente busca mais informação”, completou.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina, Irineu Schoninger, participou da aula de encerramento e alertou aos dirigentes de que um dos papéis do Sindicato é saber ouvir os trabalhadores. Para ele, os sindicalistas precisam estar bem informados para dar as respostas no chão de fábrica. “Com a formação aprendemos a entender o que o trabalhador precisa, finalizou”.