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25.11.15   |   CUT

Negociação com secretários do governo Sartori sobre reajuste do mínimo regional não avança

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A audiência concedida no final da tarde desta terça-feira (24) pelos secretários Cristiano Tatsch, do Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional, e Fábio Branco, do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, decepcionou os dirigentes da CUT-RS e das centrais sindicais.

A exemplo da reunião ocorrida ontem com o secretário Miki Breier, do Trabalho e Desenvolvimento Social, não houve avanços e o governo Sartori continua sem apresentar uma proposta de reajuste para o salário mínimo regional a partir de janeiro de 2016.

As entidades reivindicam aumento de 11,55%. O índice significa a reposição da inflação projetada no período e ganho real. O INPC acumulado dos últimos 12 meses, entre 1º de novembro de 2014 e 31 de outubro de 2015, foi de 10,33%.

Os encontros com os três secretários foram indicados pelo chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi, durante audiência com as centrais na última quarta-feira (18). Ele disse na ocasião que eles farão um estudo no âmbito do governo para a elaboração de uma proposta de reajuste.

Distribuição de renda e redução das desigualdades

Os representantes das centrais e o supervisor técnico do Dieese, Ricardo Franzoi, mostraram nesta tarde aos dois secretários a importância do chamado piso regional para valorizar o trabalho, distribuir renda, reduzir desigualdades e aquecer a economia gaúcha. “Mais salário significa mais consumo e mais produção, trazendo crescimento econômico e social e aumento da arrecadação do Estado. Todos saem ganhando”, afirma o secretário de Relações de Trabalho da CUT-RS, Antônio Guntzel.

O secretário Tatsch frisou que é preciso analisar o desempenho da economia do Estado, enquanto o secretário Branco afirmou que a intenção do governo é encaminhar um projeto de lei para a Assembléia Legislativa, a fim de que seja votado ainda neste ano pelos deputados.

O economista do Dieese salientou que o mínimo regional não trava o crescimento econômico, destacando que os estados que possuem esse benefício estão entre os mais desenvolvidos. É o caso do RS, SC, PR, SP e RJ. “Os números do PIB de 2013 revelam que o PR passou o RS e assumiu o quarto lugar, sendo que o valor pago aos paranaenses é superior ao dos gaúchos”, compara Franzoi.

Branco propôs uma mesa de negociação tripartite, com três representantes de cada lado: trabalhadores, empresários e governo. “Não vemos problema em dialogar com os empresários. Seria uma boa oportunidade para desmontar os falsos argumentos que eles têm divulgado na imprensa. No entanto, essa mesa só faz sentido se ocorrer ainda esta semana porque o tempo está cada vez mais apertado e o governo não pode mais continuar empurrando com a barriga”, destacou o dirigente da CUT-RS. Os dois secretários ficaram de consultar as partes e darão uma resposta nesta quarta-feira.

Antônio defendeu ainda uma audiência com o governador José Ivo Sartori (PMDB) para debater o reajuste do mínimo regional. “Queremos demonstrar a importância de atender a demanda das centrais, o que irá beneficiar cerca de 1,5 milhão de trabalhadores gaúchos e alavancar a economia gaúcha”, ressalta.

Audiência pública regional em Santa Maria nesta sexta

A primeira audiência pública regional no interior do RS, aprovada na Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, da Assembleia Legislativa, será realizada nesta sexta-feira (27), às 14h, na Câmara de Vereadores de Santa Maria. Estará em debate o reajuste do salário mínimo regional a partir de janeiro de 2016,

A segunda acontece na próxima segunda-feira, dia 2 de dezembro, às 19h, na Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo.

Já os encontros previstos para Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas e Santa Cruz do Sul, assim como a de Porto Alegre, ainda não foram agendados. A realização de audiências públicas foi proposta pelo deputado Nelsinho Metalúrgico (PT).

“Chamamos as entidades sindicais a mobilizarem os trabalhadores para que participem das audiências públicas”, conclama o presidente da CT-RS, Claudir Nespolo. “As entidades também devem procurar os deputados estaduais em suas bases eleitorais para que eles se comprometam com os interesses dos trabalhadores e não com os das federações patronais, que tiveram a cara de pau de defender reajuste zero para o mínimo regional”, ressalta.

 

Fonte: CUT-RS

 

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