Dirigentes metalúrgicos dos 29 sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS/CUT (FTMRS) estiveram presentes na manhã de hoje (27), na plenária estadual da categoria, realizada na sede do Sindipolo, na Capital.

O encontro que teve como pauta: Análise do momento político atual; a Campanha Salarial 2016 e aprovação da pauta de reivindicações que será entregue aos representantes patronais; e aprovação das contas da entidade do ano de 2015 juntamente com a previsão orçamentária para o presente ano.

O coordenador da Via Campesina no RS, Cedenir Oliveira, falou sobre o cenário político atual, com a iminente possibilidade de impedimento da presidenta Dilma Roussef. Para ele, vivemos um momento importante na vida política com uma clara disputa estabelecida entre classes. \"Os trabalhadores precisam se questionar sobre como se posicionarão daqui para a frente. O momento atual exige generosidade, consciência de classe mútua e consciência de que não há luta fácil\", ressaltou.

O presidente da FTMRS, Jairo Carneiro, afirmou o papel importante da entidade e dos sindicatos na defesa da democracia, que é uma vitória da sociedade, às custas da morte e tortura de muitos companheiros durante o período da ditadura. \"Temos um papel fundamental na luta para que o golpe e o retrocesso não aconteçam. Temos que ir para as fábricas e alertar os trabalhadores\".

Na mesma linha, o vice-presidente da FTMRS, Enio Santos, salientou a necessidade de informar a categoria sobre os interesses daqueles que estão arquitetando o golpe e como será o futuro dos trabalhadores. Retiradas de direitos e opressão estão na pauta dos que querem governar sem votos . Enio também reforçou a importância do dia 1° de maio, que não deve ser encarado como uma festa e comemorações, mas marcado pela mobilização e resistência dos trabalhadores.

A economista do Dieese, da subseção da FTMRS, Cristina Vieceli, apresentou dados para apoiar os dirigentes nas negociações da campanha salarial de 2016. Em destaque, Cristina apontou a importância da valorização do salário como forma de incentivo ao consumo e consequente aquecimento da economia.

A pauta de reivindicações da campanha salarial unificada 2016 será entregue aos representantes patronais e as negociações devem se iniciar em breve, uma vez que a data base da categoria é maio.