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21.06.16   |   Investimentos no setor 2016

Montadoras diversificam as exportações

Além de intensificar os embarques a clientes tradicionais, as montadoras, amparadas pelo câmbio mais competitivo, estão abrindo ou retomando mercados menores em regiões como América Central, Oriente Médio e até mesmo Europa para escoar parte da produção não absorvida pela demanda doméstica. A estratégia tem ajudado o setor a atingir um crescimento nas exportações que beira os 22% neste ano.

Embora Argentina e México, os dois principais destinos internacionais, continuem concentrando a grande parte das exportações ­ mais precisamente, 86% do total de veículos que saíram do Brasil desde janeiro ­, o restante dos embarques vem sendo pulverizado num número maior de países.

A necessidade de aliviar a ociosidade das fábricas com maior diversificação nas rotas internacionais faz os carros brasileiros chegar a mercados até então inexplorados. Responsáveis, juntos, por quase 300 automóveis exportados neste ano, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bélgica e Polônia são alguns dos exemplos.

Nas transações com mercados vizinhos, mais do que dobraram as exportações para a Bolívia: de menos de 500 automóveis, entre janeiro e maio de 2015, para 1,2 mil unidades em igual período deste ano. Com destino à Guatemala, foram despachados 242 carros até o mês passado, quase o dobro em relação às 122 unidades de um ano antes, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior.

Como o consumo de automóveis exibe no Brasil o pior momento em uma década, a indústria automobilística tenta preencher buracos nas linhas de montagem atacando ao máximo os mercados internacionais, aproveitando qualquer oportunidade vinda do exterior, mesmo que sejam pedidos momentâneos e de baixo volume.

Nas transações com mercados vizinhos, mais do que dobraram as exportações de veículos para a Bolívia “Temos o desafio de buscar mercados que tenham relativa semelhança técnica com os produtos que produzimos no Brasil.

Quanto mais diversidade de mercados, mais sucesso teremos com nossas exportações, o que ajuda a trazer divisas para o país e manter ocupadas as nossas fábricas”, diz o vice­presidente de vendas da Volkswagen, Jorge Portugal. Junto com parceiros do Mercosul, Panamá, Honduras, Jamaica e Curaçao entraram no roteiro de viagem dos modelos Gol, Voyage e Saveiro, feitos em fábricas paulistas da Volks, a montadora que mais exporta no Brasil.

Pela proximidade não apenas geográfica, mas também entre legislações de emissões e de normas de segurança veicular, bem como de perfil de consumo, países da América Latina são os que mais “acolhem” o tipo de carro produzido em larga escala no Brasil.

Porém, investimentos em plataformas de padrão tecnológico internacional ­ inclusive com a chegada das fábricas de marcas “premium” ao país ­­ começam a abrir portas de mercados mais distantes e exigentes. É o caso da Scania, que está adaptando os motores às regras de emissões europeias para, ainda neste ano, começar a exportar ao Velho Continente caminhões pesados fabricados no ABC. Já a partir de julho, começam as exportações aos Estados Unidos de utilitários esportivos montados pela BMW em Santa Catarina.

Dados do governo brasileiro coletados entre janeiro e maio revelam 520 veículos exportados aos Estados Unidos ­ 337 a mais do que no mesmo período de 2015 ­ e outros 210, seis vezes acima do volume do ano passado, embarcados à Alemanha.

Além do câmbio mais “amigável” a empresas exportadoras, o pico de consumo de veículos nos Estados Unidos e a recuperação da indústria automobilística na Europa jogam a favor das montadoras brasileiras, pois levam suas matrizes a acionar emergencialmente as linhas ociosas de modelos globais produzidos aqui para desafogar fábricas no limite da capacidade em mercados desenvolvidos.

Para completar, exceção feita à África do Sul, dispararam as vendas de carros brasileiros nos principais mercados consumidores no exterior, como, além de México e Argentina, a Colômbia ­ agora o terceiro maior destino, com 6,4 mil veículos até maio, o dobro de 2015 ­, o Chile e o Uruguai.

Fonte: Valor Econômico/Eduardo Laguna

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