Sob o mote “Resistir e acumular forças para impedir o retrocesso nos diretos dos trabalhadores”, o Encontro do Macrossetor dos Trabalhadores da Indústria, realizado no último sábado (16), reuniu cerca de 90 dirigentes e representantes sindicais de 50 entidades filiadas à CUT.

Participaram trabalhadores de indústrias da alimentação, sapateiros, metalúrgicos, moveleiros, químicos, e papel e papelão. A atividade ocorreu no auditório da Federação dos Trabalhadores e das Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS), no centro da capital gaúcha.

Para a CUT-RS, o evento fortaleceu a luta do movimento sindical nas indústrias frente aos ataques que a classe trabalhadora vem sofrendo do governo ilegítimo e golpista de Michel Temer (PMDB).

Os participantes, que na sua grande maioria atuam nos locais de trabalho das 70 principais indústrias do Estado, trocaram sobre organização de base e a boa experiência dos Comitês Sindicais de Empresa (CSE), organizados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre.

“Precisávamos ouvir os trabalhadores da nossa base. O governo golpista capturou todos os sindicatos patronais e as representações do empresariado para o programa “Ponte para o Futuro” do PMDB. Nós temos que construir a ponte para os trabalhadores”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.

Fortalecer a comunicação sindical e a mídia alternativa

Segundo Claudir, muitos trabalhadores ainda estão no “imobilismo” e, por isso, “foi muito importante reunir os dirigentes sindicais que atuam em empresas dos seis ramos da indústria, representados pela CUT, para estabelecermos uma estratégia conjunta e coletiva de enfrentamento para o próximo período”.

Um dos assuntos destacados pela CUT-RS foi o combate à mídia golpista, liderada pela Globo, e a importância da comunicação sindical e da mídia alternativa, bem como a criação de grupos para a troca de informações qualificadas entre os trabalhadores.

Para Claudir, “o encontro cumpriu uma tarefa importante ao contribuir para desalienar quem ainda não havia percebido que a agenda do golpe é retirar direitos dos trabalhadores”.

Construir a greve geral

“Não temos dúvidas de que para resolvermos o brutal ataque promovido pelo golpista do Temer temos que mexer com o capital produtivo”, avalia o presidente da CUT-RS. Diante disso, Claudir ressalta que a greve geral se torna a cada dia mais necessária para enfrentar os golpistas e os ataques aos direitos dos trabalhadores.

“Foi um encontro bastante significativo e fundamental para a organização dos trabalhadores e avançar na construção da greve geral no macrossetor”, conclui. A atividade foi coordenada pelo assessor da diretoria da CUT-RS, João Marcelo Pereira dos Santos.

Fonte: CUT-RS