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18.09.18   |   Campanha Salarial 2018

Metalúrgicos de São Leopoldo e Região derrotam a patronal e aprovam reajuste de 4%, além da manutenção das cláusulas sociais

Renata Machado

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Após uma longa e difícil campanha salarial, os metalúrgicos de São Leopoldo e Região saíram vitoriosos. A categoria aprovou o reajuste salarial de 4% (retroativo a julho) e manutenção das cláusulas sociais na assembleia realizada no final da tarde desta terça-feira (18), na sede do Sindicato. A categoria aprovou ainda a contribuição de R$ 150,00 anuais, parcelados em cinco vezes, para a sustentação da entidade.

O vice-presidente do STIMMMESL, Rogério Cidade, recordou a mobilização durante toda a campanha salarial. “Metalúrgicos de todo o estado já fecharam suas convenções, mas os patrões tinham que tentar implementar a Reforma Trabalhista e guardaram toda a raiva para atacar o nosso Sindicato”.

Sobre a taxa da contribuição, Rogério destacou que o número de parcelas foi exigência da patronal, pois o STIMMMESL queria em 10 vezes. “Foi uma longa negociação e resistimos muito para manter os nossos direitos”, enfatizou ele.

O secretário de Comunicação do Sindicato, Anderson Macedo Gauer salientou a intransigência da patronal de São Leopoldo ao explicar as 11 cláusulas que eles queriam tirar ou alterar como retirar o quinquênio e a garantia ao aposentando, homologação apenas na empresa, alterações na revista pessoal, no auxílio-estudante e na marcação do ponto, férias parceladas em três vezes e trabalho aos sábados, entre outras medidas que prejudicam os trabalhadores.

O grande entrave se deu sobre banco de horas individual, que já é previsto em lei após a Reforma Trabalhista. Por isso, o Sindicato conseguiu manter o banco coletivo e nos casos que forem individuais, não pode passar de 25 horas mensais.

O presidente da Federação dos Metalúrgicos do RS, Lírio Segalla, acredita que a pior derrota que a classe trabalhadora já sofreu foi a aprovação da Reforma Trabalhista. “Após todas as mobilizações, o entrave se concentrou em três pontos, quinquênio, banco de horas individual e a sustentação sindical”, explicou.

Lírio avaliou que a proposta não é a ideal, mas o possível diante da conjuntura. “Diante do cenário que havia, a avaliação é que a categoria saiu vitoriosa”. O diretor também destacou a atuação da Federação, “estivemos aqui durante a campanha e sempre que for preciso, vamos apoiar vocês”.

Diretores do Sindicato que integraram a mesa de negociação relataram o processo da campanha. “Um dos maiores desejos deles é a retirada do quinquênio e voltarão com essa pauta ano vem”, disse Ailson Nascimento. Ele destacou que não faltou luta e isso possibilitou a direção reverter a proposta inicial. “Todos os trabalhadores estão de parabéns porque pegaram junto”.

Valdemir Pereira também chamou a atenção para o esforço que foi feito até conseguirem chegar na atual proposta. “O movimento hoje nas fabricas, fazendo assembleias simultâneas na Delga e na Gerdau, foi de extrema importância, pois foi há poucas horas que a patronal abriu mão do quinquênio”, comemorou.

O assessor jurídico do Sindicato, Paulo Lauxen, alertou que com a Reforma Trabalhista caiu o conceito de ultratividade, que assegurava a vigência da última Convenção Coletiva de Trabalho até a assinatura da próxima. “Com isso, assim que chega a data base, essa proteção acaba”.

Antes da votação, a assembleia foi aberta e os trabalhadores esclareceram suas dúvidas.

 

Fonte: Renata Machado (STIMMMESL)

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