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29.01.09   |   Crise Financeira Internacional

Economistas Preveem Recessão Mais Longa

A economia mundial crescerá no máximo 2,5% ao ano, nos próximos três anos, segundo o presidente do banco Morgan Stanley para a Ásia, Stephen Roach, ex-economista-chefe da instituição e ex-economista do Federal Reserve, o banco central americano, hoje baseado em Hong Kong.

Em 2009, acrescentou, a produção mundial deverá encolher entre 0,5% e 1%, na primeira redução anual desde a Segunda Guerra, e por muitos anos não se verá de novo um crescimento médio de 4%. "Você está otimista, deve estar amolecendo com a idade", comentou o editorialista econômico do Financial Times, Martin Wolf.

Roach carregou por muitos anos a fama de pessimista e soube cultivá-la em seus escritos e nas discussões do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Desta vez, ninguém foi muito mais otimista do que ele na sessão de abertura da reunião anual do fórum. Ninguém falou muito sobre 2009, um ano dado como perdido, nem previu solução rápida para a retração mundial.

Só o empresário turco Ferit Sahenk, presidente do Grupo Dogus, um dos maiores do país, com 70 companhias e cerca de 20 mil empregados, achou algo positivo para dizer: "Pela primeira vez estamos numa crise que não foi criada por nós". "Ainda não chegamos ao fundo", disse o economista chinês Justin Yifu Lin, vice-presidente sênior do Banco Mundial. Injetar capital nos bancos não bastará para tirar o mundo da recessão.

Será necessário, segundo ele, um estímulo fiscal coordenado, mas nem todos os países terão condições de aumentar os gastos orçamentários. O remédio, acrescentou, será criar um fundo para financiar a recuperação dos países em desenvolvimento.

A China, disse Justin Yifu Kin, perdeu impulso por causa da redução das exportações, mas o governo já lançou um plano fiscal de US$ 480 bilhões, equivalente a 15% do Produto Interno Bruto (PIB), destinado em grande parte a projetos de infraestrutura e a políticas de proteção social.

O crescimento da produção poderá ficar na faixa de 7% a 8%, segundo sua avaliação. Stephen Roach é mais cauteloso: a expansão chinesa dificilmente passará de 5,5% neste ano, segundo sua avaliação. No último trimestre de 2008, a produção chinesa foi 6,8% maior do que a de um ano antes - um número pequeno para uma economia com crescimento anual superior a 10% até recentemente.

Apesar disso, a economia chinesa permanece como um dos motores da atividade mundial e continua puxando a Ásia. Em dezembro, lembrou Roach, as exportações de Taiwan foram 42% menores do que as de um ano antes. No Japão, a redução foi de 35%. Na Coreia, de 17%. Do lado da demanda, o grande motor mundial, o consumo americano, caiu nos dois últimos trimestres de 2008 e isso, segundo o economista, foi só o começo.




Fonte: JC

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