A direção do Grupo Gaúcho Ferrabráz Becker foi pega de surpresa hoje às 6h e 30min em frente a uma de suas cinco unidades, a de Sapiranga, que opera com fundição de ferro para peças e componentes automotivos. Dirigentes sindicais dos metalúrgicos e de outras categorias, como a dos sapateiros, fizeram uma assembléia, que acabou por reunir os funcionários do turno da noite, em seu horário de saída, e os funcionários do turno da manhã.

O ato, que contou com o presidente da Federação dos Metalúrgicos do RS, Milton Viário, uniu os trabalhadores e atrasou por uma hora a “pegada” da manhã. Os 600 funcionários do Grupo, um dos maiores fabricantes de produtos metalúrgicos do país, vivem um clima tenso e de constante ameaça de demissão.

No início desta semana, a empresa demitiu sumariamente 36 funcionários e, de acordo com o presidente em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos de Sapiranga, Mauri Schoren, está coagindo os demais funcionários a aceitarem, sem negociação, a redução da jornada de trabalho e de salário.

Ontem a direção simplesmente passou uma lista com os nomes de todos metalúrgicos para que assinassem `um de acordo` autorizando a redução de jornada e salário.

- Não vamos aceitar que a empresa, aja desta forma com seus funcionários que tanto contribuíram para que ela seja uma das mais fortes e lucrativas empresas do Brasil. Nós vamos exigir respeito e negociação”, garante Schoren.

A direção do sindicato vai reunir-se com a assessoria jurídica, ainda hoje, para ver as possibilidades para buscar junto à Justiça, senão a revisão das demissões, evitar novas dispensas.

Fonte: Dica Sitoni - FTMRS