Na próxima quinta-feira, dia 19, a Comissão de Trabalhadores da John Deere, formada pela Federação dos Metalúrgicos RS (FTMRS), Sindicato de Horizontina e trabalhadores volta a conversar com os dirigentes da empresa para definir os rumos das 502 demissões anunciadas no final de janeiro.

A reunião será às 9h, na sede do Sindicato das Indústrias e Máquinas Agrícolas, na Fiergs, em Porto Alegre. As demissões estão suspensas neste momento, no aguardo do avanço das negociações.

Estas negociações só estão sendo possíveis diz Milton Viário, presidente da FTMRS, porque o Tribunal Regional do Trabalho – TRT atendeu às reivindicações dos trabalhadores. O TRT mediou a primeira reunião, ocorrida no dia 12 deste mês, após tentativas frustradas de diálogo entre as partes.

Das três horas de reunião no TRT ficou definido que seriam marcadas reuniões de negociação para a formação de um consenso até o final deste mês. As datas previstas eram 17. 19 e 27.

Adiamento

O adiamento aconteceu a pedido da empresa, para que possa avaliar as propostas indicadas pelos trabalhadores, através dos seus representantes. “A expectativa é de que na quinta-feira, dia 19, tenhamos algo mais concreto para trabalhar e apresentar aos trabalhadores atingidos pelas possíveis demissões”, sustenta Milton.

Suspensão temporária

Na reunião do dia 12, ficou definido que os 502 dispensados receberiam o pagamento da quinzena no dia 13, representando 30% do salário. Como as demissões não foram ainda homologadas, eles seguem tendo os mesmos direitos dos funcionários.

Também tiveram devolvidos o cartão usado em farmácias e a continuidade do convênio odontológico. Com o cartão, parte das compras é custeada pela John Deere.

A questão mais polêmica foi a revisão das demissões de trabalhadores com possíveis doenças ocupacionais. De acordo com o presidente FTMRS, todos os 502 deverão se submeter a exames de saúde. Nos casos em que houver diferentes interpretações dos exames por parte da empresa e do sindicato, um perito do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) analisará a situação.

Fonte: Assessoria FTMRS - Inara Claro