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19.02.09   |   Crise Financeira Internacional

Especialistas Alertam Para Ações Que Amenizam Efeitos Fa Crise

Em meio à turbulência, há, pelo menos, um consenso: o lado mais frágil da atual crise são as pessoas, ou melhor, os empregos que estão sendo cortados como reação à queda da produção e do faturamento das empresas.

Especialistas em recursos humanos e direito trabalhista defenderam, ontem, em Porto Alegre, medidas que possam adiar as demissões e tornar menos traumático o impacto do enxugamento para quem sai, como para quem fica.

O gerente de desenvolvimento organizacional da DHB, com sede em Porto Alegre e líder no mercado de direções hidráulicas na América Latina, Vladmir Alves, afirmou que profissionais de recursos humanos têm papel crucial nestes períodos.

Funcionam como educadores das crises. A ação deve assegurar comunicação clara da situação a funcionários e interação com o comando da empresa. Alves provocou representantes da área, que o ouviram ontem na Câmara Americana de Comércio (Amcham-Porto Alegre), a buscar seus espaços.

"O profissional de RH é um formador de opinião. Pode ajudar com propostas para contenção de despesas, atitudes e medidas simples que ajudam muito", exemplificou o gerente da DHB, que sente na pele o impacto da retração na economia.

A empresa demitiu 200 funcionários desde novembro, e busca acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Capital para reduzir jornada e salários, remédios para evitar mais cortes. Alves descreveu que as ações adotadas incluíram apoio a demitidos na busca de nova colocação, suporte para elaboração de currículo e manutenção de benefícios, como plano de saúde, por um período após a rescisão.

Para o quadro que se mantém na empresa, o executivo reforça importância de repassar as condições de operação. Também são importantes iniciativas para motivar os funcionários e incentivá-los a sugerir melhorias e estratégias para atuar na contingência. Alves alerta que gastos sob controle e identificação de prioridades completam o arsenal do RH.

O gerente da indústria defendeu manutenção de treinamento da mão-de-obra e cuidado redobrado para evitar perda de talentos. "São recurso escasso e o mercado está de olho neles", avisa o executivo.

Cláudio de Castro, responsável pela área trabalhista do escritório Veirano Advogados, listou medidas legais que vêm acionadas por companhias, antes de demissões. Castro apontou que os expedientes estão previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e na Constituição e incluem férias coletivas, banco de horas, redução de jornada e de salário e suspensão temporária do contrato.

O advogado chamou de oportunismo tentativas de retomar a pauta da reforma trabalhista em meio à contingência do emprego. "Esse não é o epicentro do problema. Buscar essa alternativa é mudar a perspectiva da razão para a da emoção. Não é momento para isso", criticou Castro.

Para o palestrante, o governo federal agiu bem ao prorrogar as parcelas do seguro-desemprego de cinco para sete meses. Ele enquadra a medida entre soluções pontuais que auxiliam no quadro de maior fragilidade da mão-de-obra. Ante o maior volume de rescisões e tensão entre patrões e empregados, Castro preveniu sobre aumento de ações trabalhistas em 2009. Segundo ele, o Brasil lidera mundialmente no volume de processos, cerca de 2,5 milhões por ano.





Fonte: Jornal do Comércio

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