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19.10.21   |   Indústria

Por falta de peças, Volks suspende contratos de 1.500 metalúrgicos do ABC

ADÔNIS GUERRA/SMABC

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Por falta de peças, a unidade da Volkswagen de São Bernardo do Campo (ABC) vai, mais uma vez, suspender temporariamente os contratos de trabalho de 1.500 metalúrgicos e metalúrgicas, a partir de novembro.

A montadora já havia parado turnos no ABC, onde são produzidos os modelos Virtus, Saveiro, Nivus e Polo, por falta de peças como os chips semicondutores outras duas vezes só neste ano.

A informação sobre o novo lay-off foi passada para os trabalhadores por meio de um vídeo gravado e publicado no perfil do Facebook do coordenador do Comitê Sindical (CSE) na Volkswagen, José Nogueira da Silva, o Bigode.

"Mais uma vez vamos atravessar um momento muito delicado por falta de componentes eletrônicos no setor automotivo. Sabemos que não é só essa peça que está faltando no setor. A fábrica já anunciou que a partir de novembro vai atuar em um único turno", disse Bigode no vídeo, que pode ser conferido na íntegra no final deste texto.

Faltam peças que o Brasil produzia, mas Bolsonaro mandou fechar a estatal

A falta de peças afeta o setor automotivo desde o fim de 2020. O principal gargalo é a falta de componentes elétricos, como os chips utilizados em partes eletrônicas dos automóveis, cuja reposição foi afetada pela pandemia de Covid-19.

E o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) ampliou a crise mandando fechar o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada, a Ceitec, estatal federal e única fabricante de chips e semicondutores da América Latina, enquanto países como China e EUA investiam na produção.

Em julho mais 21 trabalhadores especializados foram demitidos do Ceitec, entre eles especialistas de alto desempenho que poderiam migrar para a multinacional inglesa EnSilica. A empresa, que atua no segmento de semicondutores, abriu uma filial em Porto Alegre (RS).

Em setembro, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a suspensão do processo de liquidação do Ceitec, alegando que que o processo que fundamentou a dissolução da estatal tem "fragilidades insuperáveis".

De acordo com reportagem do Agora SP, a Anfavea (associação das montadoras) revisou, neste mês, as previsões de produção para 2021. Se houver uma regularização do fornecimento de peças, a projeção é de alta de 10% em comparação a 2020. Porém, se o cenário não for normalizado, o crescimento deve ser de apenas 6% ante o ano passado.

Ainda segundo a reportagem, na fábrica de Taubaté (130 km de SP), a produção da montadora está parada desde o início do mês. Lá, os trabalhadores estão em férias coletivas, com previsão de retorno em 7 de novembro.

 

Fonte: CUT Nacional

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