Economistas ouvidos pelo Banco Central rebaixaram ainda mais a previsão para a taxa básica de juros do País no final de 2009. As projeções para a Selic caíram de 10,50% (expectativa da semana anterior) para 10,38%. Se confirmada, será a menor taxa da história do Comitê de Política Monetária (Copom), que volta a se reunir nos dias 10 e 11 de março. Analistas do mercado financeiro esperam que nesta reunião ocorra uma queda dos atuais 12,75% para 11,75% ao ano.

Os especialistas também mantiveram a previsão de crescimento de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2009. De acordo com a pesquisa semanal Focus, o País deve crescer 3,6% no ano que vem.

Para 2009, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve como meta para o BC, caiu de 4,69% para 4,66% - o centro da meta de inflação é de 4,5%. Já a previsão para 2010 é de 4,5%. A previsão para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) caiu de 4,57% para 4,55% para este ano.

Já o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) passou de 4,25% para 4,24% e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômica (Fipe) se manteve em 4,50%.
Para o dólar, a previsão para o fim do ano se manteve em R$ 2,30. Para 2010, caiu de R$ 2,28 para R$ 2,27. Já a expectativa para o saldo da balança comercial caiu de US$ 14 bilhões para US$ 13,60 bilhões.

A previsão para o déficit em conta-corrente neste ano ficou em US$ 25 bilhões. A estimativa de investimentos estrangeiros diretos se manteve em US$ 23 bilhões. A previsão para a relação dívida/PIB caiu de 36,2% para 36,1%.

Analistas não alteraram a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2009, que permaneceu em US$ 23 bilhões. Para 2010, a estimativa de entrada dos dólares seguiu em US$ 25 bilhões. Quatro semanas antes, o mercado esperava, respectivamente, ingresso de idênticos US$ 23 bilhões e US$ 25 bilhões em cada um dos anos.

Fonte: Jornal do Comércio