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02.03.09   |   Crise Financeira Internacional

Mercado Aguarda Por Dados Da Indústria

O impacto da crise mundial no Brasil deve ficar mais claro quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar, na sexta-feira, o resultado da produção industrial em janeiro. Nem mesmo o analista mais pessimista previra a queda de 12,4% em dezembro na comparação com novembro e de 14,5% em relação ao mesmo mês de 2007. Na média, o mercado projeta uma alta de 10,1% em janeiro ante dezembro, mas, em relação a igual mês de 2008, a expectativa é de uma queda de 8,4%.

Se isso se confirmar, indica um ajuste mais profundo da indústria brasileira, e aponta para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) fraco em 2009. Por tabela, deve reforçar as pressões para que o Banco Central (BC) mantenha os cortes agressivos da taxa básica de juros (Selic) nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). "Estimamos que em janeiro a produção industrial tenha recuado 10,2% sobre a do mesmo mês de 2008, o que corresponderia a um avanço de 9,2% sobre dezembro", afirma a LCA Consultores. "Nossa estimativa baseia-se em vários indicadores coincidentes, entre os quais a maioria apresentou forte recuo na comparação interanual", completa a análise da LCA.

Hoje vai ser conhecido o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de fevereiro medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A expectativa é de que o índice tenha recuado de 0,46% (registrado em janeiro) para cerca de 0,23%.

No exterior, a agenda norte-americana já vem carregada de diferentes dados, com destaque para os números dos gastos pessoais e a atividade da indústria do país, segundo pesquisa do instituto ISM. Na terça-feira serão conhecidos os dados de vendas de veículos nos EUA, relevantes devido ao fato de o setor automotivo ser um dos mais abalados pela crise.

Também sairão números de vendas de imóveis. O livro bege (compilação de dados sobre a economia americana elaborada pelo Fed, o BC dos Estados Unidos), que será divulgado na quarta-feira, é aguardado com grande interesse pelo mercado. O documento dará um panorama mais amplo sobre a saúde da maior economia do mundo.

Nesse dia, ainda sairão o índice de atividade do setor de serviços, também medido pelo ISM, e o nível de solicitação de empréstimos hipotecários, levantado pelo MBA.

"A semana deve ser cheia de emoções, com uma série de dados acerca da economia norte-americana, como os de renda e consumo, taxa de desemprego, produtividade industrial, serviços e outros. Com isso, a única coisa certa na próxima semana deve ser a volatilidade que tem sido característica nos últimos tempos", avaliam os analistas da XP Investimentos.

Na quinta-feira, a atenção volta-se para a Europa. Por lá, os bancos centrais europeu e do Reino Unido definem suas taxas básicas. A expectativa é a de que ambas sejam reduzidas em 0,5 ponto percentual, em meio à retração que abala a economia mundial.

O BC britânico já reduziu neste ano seus juros para 1% - espera-se que desça agora a 0,5%. Desde outubro, o órgão já cortou a taxa em quatro pontos percentuais. Na zona do euro, os juros básicos estão em 2%. Nos EUA, a taxa básica está em seu piso, oscilando em uma faixa que vai de zero a 0,25%.

O atual ciclo de recessão tem levado os BCs a reduzirem suas taxas de juros, como forma de tentar estimular o consumo e aquecer a economia. "A agenda econômica traz importantes dados durante toda a semana. Na Europa, as atenções estarão voltadas para a divulgação das taxas de juros dos principais bancos centrais", diz Julio Martins, diretor da Prosper Gestão. Na sexta-feira, as atenções voltam-se novamente para os Estados Unidos, onde vai ser apresentada a pesquisa de emprego. O mercado projeta que a taxa de desemprego no país tenha subido de 7,6% para 7,9% em fevereiro.





Fonte: Jornal do Comércio

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