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NOTÍCIAS

05.03.09   |   Crise Financeira Internacional

Mantega: Talvez Admissões Superem Demissões No Mês

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que há sinais de melhora na economia brasileira. "São sinais incipientes e em comparação com o final do ano. Isso não significa que a crise acabou", disse ele ao mencionar entre esses sinais a melhora nos preços das commodities (matérias-primas), a recuperação da bolsa de valores, o fluxo cambial positivo, as vendas no setor automotivo e o aumento no índice de confiança, além de uma desaceleração no ritmo de demissões captadas pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. "Em janeiro, as contratações já aumentaram. O importante é que estão havendo contratações. Talvez em março as admissões superem as demissões."

Mantega afirmou que, apesar da melhora, o Brasil ainda tem problemas a equacionar em decorrência da crise, entre eles a falta de crédito que ainda persiste, sobretudo para pequenas e médias empresas, a necessidade de baixar os juros e os spreads bancários e também a necessidade de se reverter a retração no comércio, sobretudo com os países do Mercosul. "Temos que criar um mecanismo de financiamento para que os países (Argentina, Uruguai, Paraguai etc) continuem comprando nossos produtos", afirmou Mantega, destacando que esses países, especialmente Argentina, têm uma participação importante no comércio exterior brasileiro.

O ministro mais uma vez afirmou que o Brasil está mais preparado para enfrentar essa crise e fez algumas provocações à resistência dos Estados Unidos em estatizar bancos e também às projeções mais pessimistas dos economistas. No primeiro caso, Mantega disse que os bancos públicos brasileiros são um exemplo de que não há problema em se ter bancos estatais e eles podem, inclusive, ajudar no enfrentamento da crise. No caso dos economistas, o ministro tinha acabado de mencionar a expectativa de queda de 1,9% na economia mundial deste ano ao dizer que, no passado, os economistas costumavam fazer três cenários: bom, regular e ruim. "Hoje, os cenários feitos são ruim, péssimo e catastrófico."

Política fiscal

O ministro da Fazenda afirmou hoje que o governo brasileiro vai continuar praticando uma política fiscal "séria e equilibrada" e cortar gastos correntes para poder compensar a queda nas receitas derivada da crise econômica.

Ele afirmou que, com o acúmulo de solidez fiscal nos últimos anos, o governo pode adotar nesta crise uma política fiscal anticíclica. Ele lembrou que, no passado, quando a economia brasileira tinha condições mais frágeis, em períodos de crise o governo tinha que subir os juros para conter a saída de capitais e era forçado, por isso, a realizar uma política fiscal contracionista, que gerava aumento no desemprego e menor crescimento econômico.

"Antes a política econômica agravava a crise. Hoje, nós podemos fazer política monetária expansionista e política fiscal também expansionista, com desoneração tributária e ampliação dos investimentos públicos", afirmou.

Juros

A menos de uma semana da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse hoje que "há um consenso nacional" de que haverá nova redução das taxas de juros. Miguel Jorge não quis fazer prognósticos, mas reiterou que espera que as taxas caiam.

Ao deixar o seminário promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), do qual também participou Mantega, Miguel Jorge disse que as indicações que o governo tem sobre a atividade econômica "são boas". "As indicações que nós temos é que começa um movimento. Ainda não se pode dizer que estamos saindo da crise, mas as indicações são boas, de varejo, linha branca, venda de alimentos", disse.

Questionado se as medidas já adotadas pelo governo para reduzir o impacto da crise são suficientes, Miguel Jorge disse que "por enquanto são as medidas que podemos tomar". Segundo ele, o crédito já voltou a patamares importantes. "Já voltou ao mesmo padrão do ano passado, embora concentrado nas grandes empresas que voltaram para o mercado interno", avaliou. A uma pergunta sobre se haveria espaço para mais incentivo, Miguel Jorge disse que "o governo tem outras ferramentas que não são só a de redução de impostos".


Fonte: Yahoo

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