Mais de 100 dirigentes dos sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (FTM-RS) se reuniram numa grande plenária virtual, realizada na noite de ontem (4), às 19h. A mobilização e luta por aumento real e em defesa dos direitos foi o principal assunto debatido. E nesta sexta-feira (5), os sindicatos filiados, com data-base em 1º de maio, realizam um dia de mobilização para pressionar os patrões e avançar nas mesas de negociações da campanha salarial 2023/2024.
O presidente da FTM-RS, Lírio Segalla relatou as dificuldades e o andamento das mesas de negociações de Metalurgia, Máquinas Agrícolas e Reparação de Veículos. “Às vezes, iniciamos a campanha com muita expectativa. E precisamos lembrar que um bom resultado para a categoria, depende da nossa mobilização”, enfatizou ao destacar que o objetivo é fechar a negociação ainda em maio.
“Na mesa de negociação, os patrões apresentaram propostas de suprimir direitos históricos da categoria, como acabar com o quinquênio, a quitação anual do contrato de trabalho e restringir que aos sindicatos entrem com ações coletivas na justiça, que busquem reparar direitos históricos”, informou.
Os dirigentes contaram como está a mobilização com os trabalhadores, nas fábricas. Todos pontuaram que é importante intensificar a luta e valorizar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). “Por isso, vamos todos para as portas de fábricas, mobilizar os trabalhadores para garantir um aumento real é impedir que os patrões retirem nossos direitos”, afirmou Lírio.
A pauta de reivindicações deste ano é composta pela reposição da inflação de acordo com o percentual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período (de maio de 2022 até abril de 2023), acrescido de 3% de aumento real. Questões referentes ao vale-alimentação, homologação das rescisões nos sindicatos, representação dos terceirizados e temporários pelas Convenções Coletivas da categoria, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e garantia de acesso dos dirigentes aos locais de trabalho são outros pontos da pauta de reivindicação.
Fonte: FTM-RS
