A General Motors anunciou nesta quinta-feira, 23, que planeja fechar temporariamente 13 fábricas na América do Norte durante o segundo e o terceiro trimestres deste ano, o que vai gerar um corte de produção de 190 mil veículos, enquanto a companhia tenta reduzir seus estoques. A GM disse que a paralisação das fábricas também vai ajudar a proteger a montadora contra uma eventual suspensão nos trabalhos da fabricante de peças Delphi, que está em concordata.


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A decisão foi tomada no momento em que a GM se esforça para continuar operando com ajuda de empréstimos do governo. A companhia enfrenta um prazo imposto pelo governo de Barack Obama, que vai até 1º de junho, para se reestruturar profundamente ou, então, pedir concordata.



A interrupção da produção vai diminuir ainda mais a receita da GM, que já está em meio ao pior ambiente de vendas das últimas décadas. As vendas da GM até março foram 40% mais baixas em comparação com o mesmo período do ano passado. O custo de continuar produzindo carros e caminhões, no entanto, seria ainda maior.



A montadora está sobrecarregada com estoques em excesso, que estão sendo vendidos com descontos altos. "Ao reduzir nossos estoques ainda mais agressivamente, nós reduzimos a pressão sobre a GM e sobre nossos revendedores e nos posicionamos melhor para o início de 2010", disse Troy Clarke, presidente da GM na América do Norte.



A GM disse que a paralisação também vai proteger a companhia contra uma falta de peças no caso de a Delphi, que já foi uma subsidiária da GM, não conseguir continuar operando. A montadora disse que os credores da Delphi rejeitaram uma proposta que solucionaria o caso de concordata da Delphi e garantiria peças para a GM.



"Sem uma solução bem sucedida para essa disputa, a Delphi ou seus credores poderiam forçar a GM a um fechamento descontrolado (das fábricas), com consequências negativas severas para a indústria automotiva dos EUA", disse a montadora em comunicado.



Os trabalhadores horistas da GM, representados pelo sindicato United Auto Workers (UAW), receberão a maior parte de seu salário durante a paralisação a partir de uma combinação de benefícios estatais para desempregados e pagamentos da GM. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Estado de São Paulo