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30.04.09   |   Crise Financeira Internacional

Desemprego Na Grande Porto Alegre Cresce 12,5%

Mais pessoas disputando menos vagas no mercado de trabalho provocou novo aumento de desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA). O mês de março registrou taxa de 11,7%, alta de 12,5% ante fevereiro. Foi o terceiro mês consecutivo de elevação do índice, que reflete o impacto da crise financeira e da desaceleração da atividade econômica desencadeada em outubro de 2008.

A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) da RMP registrou ampliação de 25 mil candidatos na briga por colocação no mês passado, enquanto 4 mil postos foram cortados, demarcando um recuo de 0,2% na ocupação frente ao mês anterior.

Na sexta-feira passada, o IBGE apontou desemprego de 6,4% em março na RMPA, o mais baixo entre as áreas monitoradas pela Pesquisa Mensal de Emprego do órgão. Já entre as seis regiões incluídas na PED, a da Capital apresentou maior aumento da desocupação.

Os setores que lideraram o enxugamento de vagas no Estado foram comércio, indústria de transformação e construção civil, com perda de 15 mil, 6 mil e 2 mil postos, respectivamente, totalizando 23 mil vagas a menos. Por outro lado, o incremento de 17 mil colocações nos serviços e de 2 mil em serviços domésticos contribuiu para amenizar a escassez de oportunidades.

O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Estado Eduardo Schneider aposta em inversão nos quatro meses consecutivos de queda no emprego na indústria com aumento na produção física do setor a partir de fevereiro. O recente programa de habitação do governo federal Minha Casa, Minha Vida também poderá reaquecer a contratação na construção.

A PED somou 237 mil desempregados em março, ante um contingente de 1,786 milhão de pessoas ocupadas. Já a População Economicamente Ativa (PEA), que reúne mão-de-obra com mais de dez anos com trabalho e também à procura de um posto, avançou 1,3% no mês passado, somando 2,023 milhões de pretendentes. "Muitos deixam de procurar ocupação nos meses de janeiro e fevereiro, mas voltam em março, o que pressionou mais o mercado", justificou o coordenador da PED pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), Roberto da Silva Wiltgen.

O economista não acredita em ampliação continuada na PEA, o que poderia ser um agravante ante o freio na oferta de vagas. O nível registrado em março se equipara aos meses de setembro a novembro de 2008. A diferença é que a ocupação naquele período chegou a 8% (setembro), ante 2,9% do mês passado.

A coordenação da pesquisa avalia que o indicador, mesmo abaixo da sequência de alta que consagrou a oferta de vagas até o terceiro trimestre do ano passado, manteve certa estabilidade desde fevereiro.

A coordenadora da PED pela Fundação Gaúcha de Trabalho e Ação Social (FGTAS), a socióloga Irene Galeazzi, apontou como fatores positivos na pesquisa o fato de o emprego assalariado ter crescido 1,2% em março.

No confronto de 12 meses, o desemprego na região mostrou estabilidade. A ocupação avançou, com alta de 2,9% sobre março de 2008. O mercado gerou 51 mil novas vagas, lideradas pelos serviços (73 mil). O saldo negativo ficou com as quedas de 11 mil vagas no comércio, de 9 mil na indústria e de 2 mil em outros segmentos, como autônomos.

Mesmo com menor fôlego, a ocupação na RMPA caiu menos que a média das seis regiões incluídas na PED, que recuou 0,8%, com eliminação de 143 mil postos. O desemprego ficou em 15,1% ante 13,9% de fevereiro. Distrito Federal, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre, Salvador e São Paulo somaram 3,01 milhões de desempregados, 254 mil a mais que fevereiro. O maior desemprego foi o de Recife, com 20,3%, seguida da capital baiana, com 20,1%.



Fonte: JC

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