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25.05.09   |   Crise Financeira Internacional

Produção De ônibus E Caminhões Tem Queda

Atropelada pela crise em meio a um plano de investimentos de US$ 4,4 bilhões que colocaria o Brasil entre os três maiores fabricantes mundiais, a indústria de caminhões e ônibus foi obrigada a adiar projetos, cancelar turnos de produção, dispensar pessoal e manter encaixotado maquinário adquirido para aumentar a capacidade produtiva. Folgas extras também foram incluídas no expediente.

Há menos de um ano, o cenário era de fila de espera de clientes para compra de caminhões que chegava a nove meses, principalmente para modelos de grande porte usados no transporte de minérios e produtos agrícolas. Hoje, a espera é por novos pedidos que justifiquem a inauguração de linhas preparadas para atender à demanda interna e externa.

As vendas de caminhões caíram 18,2% nos primeiros quatro meses do ano em relação a igual período de 2008, para 29,9 mil unidades, enquanto as exportações despencaram 65,8%, para 4 mil unidades. A produção, em resposta, foi reduzida em 32,4%, encerrando o período com 34,4 mil unidades.

Pelas projeções das montadoras, a produção neste ano deve ser 40% inferior aos 167,3 mil caminhões fabricados em 2008, ano recorde para o segmento. Já as vendas internas devem cair 20%, para cerca de 99 mil unidades, voltando, assim, aos níveis de 2007. "A ociosidade média das empresas está em 35% e muitas máquinas e equipamentos adquiridos para ampliar capacidade estão embalados", afirma um executivo do setor.

O mercado interno foi abalado pela freada na economia, que reduziu o movimento de cargas em diversos setores. O cenário se repete, até em maiores proporções, nos principais países importadores de veículos brasileiros, como Argentina, Chile e Venezuela, arrastando para baixo as exportações.

Empresas que se prepararam para operar em três turnos cancelaram projetos e suspenderam a ampliação de pessoal. Equipes recém-empregadas tiveram os contratos suspensos. A Volkswagen, com fábrica em Resende (RJ), tem 300 pessoas nessas condições até o fim de junho. Na Ford do ABC paulista, cerca de 200 funcionários foram deslocados para a linha de automóveis.

Ao contrário do que ocorreu com os automóveis, o mercado de caminhões e ônibus não reagiu à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O aumento de 80% para 100% do valor do caminhão a ser financiado pelo Bndes também não representou retorno significativo nas vendas.

A Iveco construiu uma nova unidade para a produção de veículos pesados em Sete Lagoas (MG), com inauguração marcada para janeiro. A solenidade foi adiada e a fábrica opera parcialmente. A linha mais antiga, que ficou com a produção dos veículos leves, teve um turno cortado.

O diretor de Operações da Ford, Oswaldo Jardim, conta que a empresa tem dispensado os trabalhadores dois a três dias por mês para evitar formação de estoques. Até meados do ano passado, era comum convocar o pessoal para horas extras aos sábados. "Nossas exportações caíram 50% e as vendas internas, 12%", informa. Do programa de investimento de US$ 336 milhões entre 2008 e 2011, os US$ 36 milhões para a criação de um segundo turno estão suspensos.

O segmento de ônibus também passa por dificuldades. As vendas no ano somam 6,3 mil unidades, 12,6% menores que em 2008, enquanto a queda nas exportações foi de 40,9% (2,9 mil unidades) e na produção, de 29% (10,5 mil unidades), segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).


Fonte: JC

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