Washington — O governo dos Estados Unidos deve colocar a General Motors (GM) em concordata nesta semana, garantindo à montadora financiamento público extra inferior a 30 bilhões de dólares. A informação, divulgada no site do Washington Post, coincide com o avanço obtido pela GM em relação às negociações para diminuir a dívida de 20 bilhões de dólares com o fundo para plano de saúde dos aposentados.

Já houve acordo preliminar com o sindicato United Auto Workers (UAW), na quinta-feira passada, prevendo que a empresa pagaria metade de suas obrigações em dinheiro e daria à entidade 39% de participação na companhia. A proposta ainda precisa ser aprovada por 60 mil trabalhadores da GM, que são representados pelo UAW.

Caso se confirme o anúncio feito pela imprensa norte-americana, a decisão do presidente Barack Obama ocorreria ao mesmo tempo em que é preparada a retirada da Chrysler da concordata. Na Alemanha, o Ministério da Economia revelou que aguarda a definição da GM a respeito das três ofertas que a fabricante recebeu pela unidade alemã Opel.

Conforme o porta-voz do ministério, Steffen Moritz, declararam interesse pela planta industrial a montadora italiana Fiat (que descarta a demissão de 18 mil trabalhadores, como tem sido dito), a RHJ International – de investidores norte-americanos – e a fornecedora de autopeças austro-canadense Magna International, em conjunto com a montadora russa Gaz Russia.

O chefe de governo do Estado de Hesse, Roland Koch, demonstrou preferência pela Magna International. O governo alemão e dos Estados de Hesse, Reno-Westphalia do Norte, Thuringia e Rhineland Palatinate, que abrigam fábricas da Opel, avaliam a possibilidade de liberar 1,5 bilhão de euros em financiamento à montadora para mantê-la em operação se a GM pedir concordata antes de vender a unidade. Porém, a medida só será adotada se as autoridades considerarem que pelo menos uma das três propostas é sustentável, o que daria tempo à Opel para negociar com os investidores.

Fonte: CP