O Brasil, apesar da crise econômica mundial, vendeu no primeiro semestre 1.393.624 veículos novos, número recorde para o período e 4% superior ao do mesmo intervalo de tempo do ano passado, informou nesta quinta-feira a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

O aumento das vendas de automóveis, caminhonetes, caminhões e ônibus novos foi atribuído às medidas de incentivo adotadas pelo governo para reativar o setor automotivo, um dos mais atingidos pela crise no último trimestre do ano passado e que tinha reduzido significativamente sua produção.

Entre tais medidas, a mais efetiva, segundo a Fenabrave, foi a que reduziu os impostos sobre a venda de automóveis particulares novos, o que permitiu um barateamento dos mesmos.

O crescimento das vendas no primeiro semestre foi impulsionado principalmente pelos resultados de junho, quando foram comercializados no Brasil 300.174 veículos novos, com crescimento de 17% frente ao mesmo mês de 2008 e de 22% em comparação com maio deste ano.

O número de automóveis particulares vendido em junho, sem incluir caminhões e ônibus, foi de 289.792, superando o recorde mensal de 272.964 unidades comercializadas em julho do ano passado.

O número de automóveis particulares vendido em junho foi 19% superior ao do mesmo mês de 2008, e 22% maior que o de maio deste ano.

O presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, destacou que, além dos automóveis particulares, cujas vendas foram incentivadas pelas medidas fiscais do Governo, no primeiro semestre também houve leve crescimento da comercialização de motocicletas, caminhões e ônibus, para os quais não havia benefícios governamentais.

— A constatação de que o setor de transportes e também de motocicletas apresentaram um leve crescimento é um indicador que a economia brasileira começa a se recuperar da crise e que já há um aumento da confiança de consumidores e empresários — afirmou Reze.

Após analisar os resultados do primeiro semestre, a Fenabrave manteve sua previsão de que a venda de veículos novos no Brasil este ano, incluindo motocicletas, crescerá 3,1% em comparação com 2008.

Fonte: EFE