A produção na fábrica da John Deere de Horizontina, no noroeste do Estado, está parada desde o início da manhã. Cerca de 1,5 mil funcionários da unidade entraram em greve, seguindo decisão tomada na semana passada.

Turmas de funcionários ingressariam na unidade às 6h, às 7h e às 7h30min. Sindicalistas da cidade e de outros municípios fizeram ato de mobilização dos empregados em frente à empresa nesses horários.

Conforme o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Horizontina, Irineu Schöninger, a categoria reivindica principalmente aumento de 10% dos salários e o pagamento do adicional por insalubridade para os funcionários contratados a partir de 2005.

Os metalúrgicos querem ainda no mínimo 10 dias de férias coletivas no final de 2010 (e não em abril como deseja a fábrica), emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) para todos os funcionários com doenças ocupacionais/profissionais e o fim das câmeras de vigilância nos locais de trabalho.

De acordo com Schöninger, hoje uma comissão formada pela categoria aguardará negociações com a empresa. Os funcionários foram orientados a voltar para a fábrica amanhã de manhã, quando será decidido se eles retomam ou não o trabalho. Atualmente, a unidade produz 14 colheitadeiras por dia.

Por meio de um comunidado, a John Deere informou que na sexta-feira a empresa propôs alternativas para todos os temas da pauta de reivindicações. Ainda segundo o comunicado, a proposta de aumento real do sindicato está em desacordo com os parâmetros de aumento real praticados nas negociações coletivas no Brasil. A empresa também informou que continuará avaliando alternativas viáveis em uma próxima reunião.

Fonte: Silvana de Castro | silvana.castro@zerohora.com.br