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27.04.10   |   FTMRS 2010

Começa A Terceira Edição Do Curso De Formação De Dirigentes Sindicais

Assessoria de Comunicação FTMRS

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Nos dias 22 e 23 de abril, a Federação dos Metalúrgicos do RS realizou o encontro de abertura do programa de formação sindical 2010. Ao constatar a presença de mais de 70 inscritos para os cursos, de praticamente todos os sindicatos de metalúrgicos do Estado, o presidente da Federação, Milton Viário, ressaltou que falta pouco para atingirmos a meta de envolver 300 dirigentes sindicais metalúrgicos em atividades permanentes de formação.
“O tipo de formação que fazemos cria uma sinergia entre ação sindical e a nossa organização. O que aprendemos coletivamente alimenta a nossas lutas e fortalece as nossas organizações”, observa.
Segundo o diretor Administrativo, Jairo Carneiro, o maior desafio é colocar em prática um tipo de formação que tenha como foco a organização no local de trabalho. “Sem organização nas empresas o nosso sindicalismo não avança e não se renova. Democratizamos o país, agora a nossa grande tarefa é mostrar para o empresariado que o local de trabalho não é uma senzala, mas um espaço público que precisa reconhecer os direitos de organização e livre expressão dos trabalhadores”, completa.
A aula inaugural do curso contou com a presença do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre, Lírio Segalla, e do presidente da CUT/RS, Celso Woyciechowski (Celsinho).
Segalla falou sobre a formação como maneira de criar um debate dentro da fábrica, entre trabalhadores e dirigentes, e da importância de os trabalhadores se sentirem de fato representados pelos dirigentes sindicais.
Celsinho em sua fala trouxe um dado assustador: nos últimos 20 anos, a produtividade aumentou 84% e a massa salarial reduziu 37%. “Se nós não compreendermos os processos de mudança do trabalho, muitas vezes a gente vai se perdendo e somos engolidos por esses que se apropriam dessa grande produtividade em cima da nossa capacidade de trabalho. Este processo de formação precisa ser permanente”, alerta.

O programa

O programa de formação em 2010 será composto de nove encontros mensais, cada encontro terá a duração de 16 horas. O programa prevê um leque de reflexão bastante ampliado. Serão tratadas questões relacionadas com as mudanças no mundo do trabalho, história da formação da classe trabalhadora brasileira, concepção e prática sindical CUTista, ética sindical, socialismo, entre tantos outros temas.
“Neste ano pretendemos inovar, aperfeiçoando a proposta da biblioteca e videoteca. Além disso, o curso deve contribuir para desenvolvermos habilidades na arte da comunicação e do trabalho de base”, explicou o coordenador pedagógico do curso, João Marcelo Pereira dos Santos.
Ao apresentar e colocar em debate a proposta de trabalho para 2010, Paulo Chitolina, titular da secretaria de Formação Política Sindical, frisou que o curso em âmbito estadual já está consolidado e faz parte da nossa cultura, ninguém mais tem dúvida da sua importância. “O passo que precisamos dar nesse ano é convencer todos os sindicatos sobre a necessidade de construírem ações de formação para o conjunto de suas direções, lideranças de bases e cipeiros. Nós aprendemos que a formação não deve ser descolada do cotidiano da luta sindical. Além disso, se não ampliarmos os nossos horizontes perderemos a capacidade de representar com qualidade os trabalhadores e trabalhadoras”, completou.
Durante o curso, os participantes assistiram e depois debateram o filme “Lula: Filho do Brasil”. - Esse filme não retrata apenas a história do nosso presidente, mas a nossa biografia, a nossa história de trabalhadores. Poder assistir um filme e depois discutir é algo de fundamental importância para a nossa formação, mais do que nunca precisamos desenvolver a capacidade de analisar as imagens e os seus conteúdos, avaliou um metalúrgico da cidade de Caxias do Sul.

Depoimentos dos metalúrgicos

Rudinei Fernandes trabalha na Oderich, em Eldorado do Sul. Está iniciando o Curso de Formação de Sindical.
“Minha expectativa com relação ao curso é aprender, aperfeiçoar mais as práticas sindicais, a luta no chão de fábrica com o trabalhador. Como agir nos momentos críticos, nas situações em que o patrão cobra muito, na pressão em cima dos trabalhadores.
O curso hoje em si seria para poder ajudar o companheiro no chão de fábrica, conhecer a companheirada, trocar experiências, discutir assuntos mais corriqueiros que todo o diretor de fábrica encontra no dia-a-dia, combater a desigualdade. Por exemplo, temos companheiros no chão de fábrica em que o salário é muito defasado, se tu não for do lado da chefia, tu não vai ter promoção. Então, este tipo de coisa, trocar experiências aqui no curso e aprender mais sobre como fazer a luta no chão de fabrica”.

André Luiz Mazzarotto trabalha na Madal Palfinger, em Caxias do Sul. Participou da primeira turma do Curso de Formação Sindical e hoje é o vice-coordenador da Secretaria de Esporte, Cultura e Lazer do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul.
“O curso em si trouxe muita vontade de aprender. Até então há alguns anos atrás não existia esse curso da Federação, isso vem de encontro aos interesses de muitos de nós metalúrgicos, de trazer conhecimento e que este conhecimento pudesse ser passado para aqueles trabalhadores no chão de fábrica.
Houve também um intercâmbio muito grande entre os sindicatos nestes cursos, porque a gente conheceu muitos trabalhadores e dirigentes de fábrica que estão aqui de diversos ramos e de diversas cidades do RS, e fez com que a gente tivesse uma lição muito grande. E, esse intercâmbio, fez também com que a gente ampliasse nosso conhecimento.
O curso em si, depois do término, trouxe uma vontade muito grande que já existia no coração da gente de mudança. De trazer mudança para os trabalhadores, conquistas e ampliações de mais direitos. Na verdade o que o curso trás realmente é a questão da visão do trabalho hoje, perante o capitalismo e aquilo que vem agregando nos últimos tempos.
Um conselho para quem está começando o curso: Que aproveitassem da melhor maneira possível, que o que se aprende hoje é único. Que eles tenham força e que continuem sua luta que é grande e meritosa, pois são muitos os que precisam de auxílio do nosso trabalho, e muitos não têm a oportunidade de estar aqui.”





Fonte: Assessoria de Comunicação FTMRS

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