Sindicato dos Metalúrgicos de Erechim reúne empresas, trabalhadores e Ministério do Trabalho para debater assédio

No começo deste ano, o INSS divulgou a lista das doenças que mais motivaram a concessão de benefício de incapacidade temporária, antigo auxílio-doença. Segundo dados do INSS, quase metade de todos os benefícios concedidos pelo órgão foram destinados ao auxílio por problemas ósseos, principalmente os de coluna, ocupando o primeiro lugar nas causas de afastamento dos trabalhadores de suas funções.
Os transtornos mistos por ansiedade e depressão vem aumentando a necessidade de afastamento do trabalho. Em pesquisa elaborada pela Secretaria da Previdência, foi constatado que os transtornos mentais e comportamentais são a terceira causa de incapacidade para o trabalho. Dentre as doenças psiquiátricas que mais ocasionam a concessão de benefícios previdenciários estão: episódios depressivos, outros transtornos ansiosos e transtorno depressivo recorrente.
Neste contexto, o Sindicato dos Metalúrgicos de Erechim reuniu na quarta-feira (21) representantes de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Assédio, representantes de empregadores, profissionais ligados à saúde e segurança do trabalho e representantes de sindicatos de outras categorias profissionais para debater o assédio no local de trabalho.
Fernanda Bueno também especificou três tipos de assédio: moral, sexual e eleitoral, potencialmente capazes de causar prejuízos à saúde psicológica e emocional do trabalhador tanto do setor público quando privado.
A região sul registrou 919 denúncias de assédio eleitoral em 2022.
No final de julho, o Governo Federal publicou o decreto que institui o Programa Federal de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e da Discriminação no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. Sidnei do Prado, presidente do Sindicato dos Municipários de Erechim, confirma que o assédio também acontece no setor público. “Mesmo sendo concursados, os servidores públicos são afetados pelo ambiente de trabalho, chefias e pelos próprios usuários dos serviços públicos”.
Para Fábio Adamczuk, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, “o assédio diminui quando a empresa deixa claro o que não é tolerado e, efetivamente, se posiciona quando casos acontecem”.
A auditora do Ministério do Trabalho destacou que as empresas precisam criar canais de denúncia, que assegurem o anonimato, o sigilo e a garantia de não represália ao trabalhador. “Esse canal de denuncia precisa ter um fluxo – Por onde a denúncia chegará, por quem passará, como será analisada, e quem analisará e é importante que o trabalhador tenha acesso a toda esta informação”.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de Erechim