Na reunião realizada na última terça-feira (10), na sede do SIMERS, os movimentos sociais além de apresentarem o Plano Camponês, que prevê investimentos na ordem de 100 milhões de reais na produção, industrialização e distribuição de alimentos orgânicos, propuseram à entidade patronal a criação de um programa de alimentação saudável aos trabalhadores do setor. 

Atualmente, a alimentação dos trabalhadores é péssima, o que afeta diretamente a saúde do trabalhador. “Cuidar da saúde do trabalhador é uma preocupação nossa, mas também deve ser dos empresários”, ressalta Ailton Araújo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Passo Fundo.

Outro ponto debatido na reunião foi sobre o potencial que há no Rio Grande do Sul e no Brasil na produção de máquinas e equipamentos adequados para as pequenas e médias propriedades camponesas.

As propostas foram recebidas positivamente pelos representantes do SIMERS. Segundo os dirigentes há interesse em levar estas ideias adiante, frisando que a principal ferramenta deve ser a “sensibilização” dos empresários do setor.

Ficou de ser redigido um protocolo de intenções entre as partes envolvidas (metalúrgicos, camponeses e empresários) para ser debatido com as empresas. Da mesma forma, ressaltou-se a vontade de que um grupo representativo continue debatendo e implementando as propostas.

Para os representantes da Via campesina, Romário Rossetto e Marco Antônio Trierveiler, a reunião teve fundamental importância, pois será mais uma forma e oportunidade de produzir, industrializar e comercializar a produção dos camponeses fornecendo alimento saudável, sem veneno, diretamente ao trabalhador da cidade, melhorando assim a qualidade de vida do nosso povo.