Os metalúrgicos de Canoas e Nova Santa Rita realizaram Assembleia Geral na noite dessa quarta-feira, 27, para avaliação e aprovação da pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2016. Por unanimidade, a proposta apresentada pela direção foi aceita, confirmando o encaminhamento das reivindicações para a patronal nesta quinta-feira, 28.

O encontro, que reuniu diretores sindicais e trabalhadores, definiu que neste ano a luta será em busca das perdas inflacionárias do período correspondente de 1º de maio de 2015 à 30 de abril de 2016. Até o momento, este percentual de reajuste está em 9,13% e a previsão do Dieese é que não ultrapasse os 10%.

Outro ponto que foi colocado na pauta é a revisão do piso da categoria metalúrgica. Nesta campanha, os trabalhadores reivindicam que o piso seja fixado de acordo com o reajuste salarial. O salário do aprendiz, previsto na cláusula oitava da Convenção Coletiva, também deverá ser reajustado de acordo com o índice de reajuste do piso da categoria.

A luta pela redução da jornada de trabalho (40h) e contra a terceirização, presente em campanhas anteriores, será mantida. Para o presidente da entidade, Paulo Chitolina, o momento político exige que a mobilização em relação a estes dois temas seja acirrada. “A tendência política é que nos próximos meses aconteça uma enxurrada de retirada de direitos e precarização”, afirma Chitolina. “Precisamos pensar na saúde dos trabalhadores, no desgaste físico e mental que a redução das equipes de trabalho pode causar, e também nos prejuízos que a aprovação da terceirização vai causar para os direitos trabalhistas”.

Fonte: Rita Garrido / STIMMMEC