Cut Rs Realizou Seminário Sobre A Previdência

O dirigente nacional cutista iniciou o seminário fazendo uma explanação sobre a política de valorização do salário mínimo e das aposentadorias defendidas pela Central Única dos Trabalhadores a partir de um ponto de vista das propostas e estratégias de negociações da CUT.
Quintino explicou aos cerca de 70 trabalhadores participantes do seminário as premissas de negociação da Central, que preserva a atual política de valorização do salário mínimo, contempla 43,4 milhões de pessoas, incluindo 18 milhões de aposentados e garante recuperação permanente do poder de compra das aposentadorias acima de um salário mínimo.
Segundo ele, “o impacto dessa política na economia geraria uma melhor distribuição de renda, sendo que se o salário mínimo tivesse um acréscimo de cinqüenta reais, injetaria R$ 27,8 bilhões na economia”.
As propostas da CUT baseiam-se em consolidar a política de valorização do salário mínimo, recuperar o poder aquisitivo das aposentadorias acima de 1 salário mínimo, mobilizar para pressionar deputados e senadores para aprovação das propostas da classe trabalhadora e lutar pelo fim do fator previdenciário.
Quintino salientou também que as vantagens do acordo das centrais reduzem o tempo necessário para se aposentar e criam novos mecanismos para facilitar a comprovação de tempo de contribuição e para encurtar o caminho dos trabalhadores e trabalhadoras até suas aposentadorias.
Já, Cláudio Augustin, comentando a proposta da CUT, afirmou que a primeira reforma previdenciária foi a Emenda Constitucional 20, promulgada em dezembro de 1998. Segundo ele, “esta emenda mudou as bases da previdência social brasileira, na medida em que estabeleceu que o sistema previdenciário é contributivo e o tempo de contribuição substituiu o tempo de trabalho para fins de aposentadoria”.
Tanto Severo quanto Augustin avaliam a proposta da CUT como uma mini reforma.
Durante o debate, que aconteceu após as palestras, o secretário de comunicação da CUT-RS, Paulo Farias, comentou que as discussões sobre previdência são fundamentais para a sociedade e que não se deve parar de lutar pelo fim do fator previdenciário.
A proposta de acordo, aprovada pela direção nacional da CUT, só passa a valer após sua aprovação pelo Congresso Nacional, para onde será enviada pelo relator, deputado Pepe Vargas (PT-RS). Lá se dará uma nova disputa.
Ainda há o risco de senadores e deputados tentarem aprovar o fim do fator previdenciário, mas, com isso, permitir que se aprovem emendas que propõem a efetivação da idade mínima, eliminando portanto conquistas como o congelamento da tábua de expectativa de vida, a contagem do seguro-desemprego como tempo de contribuição e outras.
Fonte: CUT RS