Campanha Salarial 2025: categoria aprova reajuste real e avanço nas cláusulas sociais

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Campanha Salarial 2025: categoria aprova reajuste real e avanço nas cláusulas sociais

Os metalúrgicos e metalúrgicas da base aprovaram na noite de quarta-feira (18) a proposta patronal e encerraram a Campanha Salarial 2025. Por maioria, a Assembleia Geral dos Trabalhadores/as acatou o reajuste de 6,5% nos salários, retroativo a maio, além do reajuste de 8,6% no piso da categoria, que passa a valer R$ 2.040,00. Para os salários acima de R$ 10.372,00, foi aprovado um abono único de R$ 674,18.

Outra conquista da base metalúrgica de Canoas e Nova Santa Rita foi o ajuste na Cláusula 14ª, que diz respeito ao pagamento do quinquênio. Com divergências na interpretação do texto, muitas empresas pararam de pagar novos quinquênios para os trabalhadores/as que ultrapassaram o teto da cláusula (R$ 2.850,00). Com o ajuste aprovado, novas aquisições voltam a ser pagas, sem valores retroativos, no valor fixo de R$85,50, a cada 5 anos a contar a partir de 1º de maio de 2018.

A proposta aprovada também renovou as cláusulas sociais por 2 anos, além de ratificar as contribuições a título de Taxa Negocial, havendo um momento na assembleia para oposição individual dos trabalhadores/as que não concordam com os descontos.

Importante: as empresas que já fecharam a folha de junho, pagarão os dois meses retroativos na folha de julho.

LUTA PELO VALE ALIMENTAÇÃO CONTINUA

Aprovada pela assembleia dos trabalhadores/as, a luta pelo vale alimentação deve continuar, agora, por fábrica. Essa é uma ação que o Sindicato já vinha realizando no último ano, quando obteve conquistas importantes na base.

O ideal seria o VA na Convenção Coletiva e essa foi uma luta que travamos na campanha deste ano. Porém, não ter conquistado essa reivindicação não impede o Sindicato de continuar discutindo com as empresas, como tem sido feito nos últimos tempos”, destacou a assessora jurídica do Sindicato, a advogada Fernanda Livi.

O benefício é uma reivindicação constante dos trabalhadores, em especial, nas pequenas e médias empresas, que não ofertam salários competitivos. Contudo, há registros de grandes metalúrgicas da base que não ofertam VA, mesmo com capacidade para isso.

AVALIAÇÃO GERAL

Segundo a direção do Sindicato, a campanha deste ano representou avanços importantes para a base. Ainda que a pedida da categoria não tenha sido atendida na íntegra, foi possível romper a barreira do INPC e colocar um percentual real nos salários.

O reajuste de 8,6% no piso dos metalúrgicos/as, percentual maior do que o aplicado no Mínimo Regional do Estado, também foi um fator decisivo para encaminhar a proposta na assembleia, pois impacta uma parcela expressiva de trabalhadores da base que recebem apenas o mínimo previsto na Convenção Coletiva. Para estes, o reajuste representa um acréscimo mensal de mais de R$ 160,00.

Em discussão há pelo menos três anos, a retomada do quinquênio foi celebrada, principalmente pelos metalúrgicos/as veteranos/as, que nos últimos anos perderam a possibilidade de acrescentar novos quinquênios pelo tempo de empresa. Com a aprovação da proposta, o benefício passa a ser um direito de todos os trabalhadores/as da base.

MOBILIZAÇÃO FOI FUNDAMENTAL

Mobilizados desde o mês de abril, os metalúrgicos da base mostraram disposição e consciência sobre a importância da luta sindical. Nas dezenas de assembleias realizadas na porta das fábricas, não foram registradas tentativas para forçar a entrada durante a presença do Sindicato.

Foi uma campanha vitoriosa, se levarmos em conta que estamos saindo de um período muito difícil para a indústria no município. Mas avaliamos também que a adesão da categoria foi o fator decisivo para alcançar a proposta deste ano, pois ficou claro na porta das fábricas que havia disposição para luta”, afirmou Paulo Chitolina, presidente do Sindicato.


Fonte: STIMMMEC

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